Inadvertidamente, os homens do futebol do Guarani fixaram a maioria dos contratos de jogadores até o final do próximo Paulistão, e alguns com prolongamento ao término da temporada seguinte.
Pois agora vão ter que arcar com as consequências e usar ‘jogo de cintura’ para passar a ‘tesoura’.
Pior é que contrataram algumas ‘cartas marcadas’ que não trariam o retorno que supunham, e agora precisam se ver livres delas.
FOI AVISADO
Quando ainda cogitavam a contratação do argentino Diego Torres, o ‘trouxa’ aqui fez questão de adverti-los que nos três últimos anos nem de longe ele lembrava aquele meia insinuante dos tempos de CRB.
Ora, aqueles ‘antenados’ sobre rendimentos de atletas de certo observaram que as passagens dele por Amazonas, Novorizontino e Vila Nova (GO) não foram convincentes.
Nesses clubes já não repetia a característica de condutor de bola que se infiltrava em defesas adversárias, para condições de passes que visavam o complemento de jogadas dos centroavantes.
Agora, sobrou a aptidão para bater bola em cruzamentos, quer nos escanteios, quer cobranças de faltas.
Aí pergunta-se: qual a relevância restrita a esse expediente?
Só isso resolve?
Claro que não.
Não estranhem se alguns ainda citá-lo como o homem da assistência para gols, desconsiderando todo contexto em que se insere o chamado meia.
SALÁRIO ALTO
Considere, ainda, que registra peso na folha salarial do clube.
Segundo informou o GE-Campinas, em junho passado, quando decidiram trazê-lo do Vila Nova de Goiás, a faixa dele é de R$ 130 mil por mês, com aporte financeiro de empresários, segundo a reportagem.
POSICIONAMENTO
Quando da passagem do treinador Marcelo Fernandes pelo Guarani, o atleta foi posicionado como meia mais avançado, e assim absorvido facilmente pela marcação.
Com a chegada de Matheus Costa no comando técnico, a providência foi recuá-lo para iniciar as jogadas, e trabalhar a bola numa faixa sem a devida marcação adversária.
Aí, uma virada de jogo aqui, outra bola alongada acolá deram a impressão, aos desavisados, que havia se transformado no lançador que o clube precisava, mas na prática com pouca efetividade.
Logo, num sugerido processo de reestruturação desse elenco bugrino, que não hesitem em colocá-lo entre aqueles que devam se transferir a outra agremiação.
Ou alguém ainda tem dúvidas que pagando bem menos o Guarani pode contratar um meia que traga retorno bem maior?