Que a primeira preocupação da Ponte Preta diante do Londrina foi se defender, é fato escancarado.
Todavia, isso não significa que não tomasse iniciativa ofensiva, como muitos andaram citando por aí.
O que ficou claro, aos olhos de quem não pisca quando a bola rola, é que a peça ofensiva pontepretana foi de uma precariedade surpreendente.
Claro que os laterais Pacheco e Artur optaram pela essencialidade de quartetos defensivos que se defendem, e os avanços foram esporádicos.
Sim, mas não nos esqueçamos que o volante Luiz Felipe se encarregou de projeção ao ataque, juntando-se ao meia Élvis, Diego Tavares, Jonas Toró e Bruno Lopes, quando a Ponte Preta tinha a posse de bola.
E aí, por que a coisa não andou ofensivamente?
TORÓ
Bom, Jonas Toró realizou a pior partida com a camisa da Ponte, pois não ganhou uma jogada sequer, nas poucas vezes que foi acionado.
Havia preocupação para que Diego Tavares cuidasse mais da parte defensiva, transformando-se num segundo lateral-direito, o que se convenciona chamar de dobra de laterais, e isso justifica ter pisado bem menos no campo ofensivo.
E o meia Élvis, jogou alguma coisa?
Absolutamente nada. Bem marcado, foi desarmado na maioria das vezes. Assim, tivesse ou não pendurado, deveria ter sido substituído bem antes dos 21 minutos do segundo tempo.
Quanto a Bruno Lopes, se não conseguiu nada de êxito no ataque, digamos que lhe pesou favoravelmente a obediência tática para recomposição, quando a Ponte Preta ficava sem a posse de bola.
CORRERIA DO LONDRINA
Como o Londrina mostrou mais capacidade física na proposta de compactação, ao fazer o vaivém, a tendência é que esse cenário se repita no jogo do próximo sábado, em Campinas.
Se o clube paranaense tivesse jogadores, do meio de campo pra frente, de nível técnico semelhante a Iago Telles, de certo o desdobramento da marcação pontepretana teria que ser ainda maior.
Então, o que a Ponte Preta precisa fazer para mudar o cenário?
O alerta foi dado sobre o risco de se mandar abruptamente ao ataque.
O técnico Marcelo Fernandes terá que criar alternativas para soltar alternadamente os laterais, porém de forma que haja providencial cobertura.
Assim, os atacantes de beirada podem encontrar mais opções para o desdobramento de jogadas.
ÉLVIS
Estrategicamente, Élvis deveria recuar para início de jogadas no campo defensivo, e com a privilegiada visão de jogo fazer lançamentos que encontrem atacantes pontepretanos em condições para complemento de jogadas.
Claro que são apenas simulações.
Quem sou eu para ensinar o pai nosso ao vigário.