Portões do Estádio Brinco de Ouro foram pichados, provavelmente por bugrinos de organizadas, nesta terça-feira.
Esta é a mais clara expressão de revolta com essa diretoria fracassada do clube.
São cartolas sem o devido discernimento sobre coisas do futebol, reflexo disso foi o registro da sucessão de erros, que se arrastam há mais de um ano.
Aliás, essa torcida andou adormecida após a ‘derrubada’ do então homem forte do clube, Ricardo Moisés.
Com o afastamento dele, o então presidente decorativo André Marconatto, pressionado, deu um jeito de se desligar do cargo, mas não do CA (Conselho de Administração), e sabe-se lá porque continuou no órgão.
RÔMULO AMARO
Desde o Brasileiro da Série B de 2026 entregaram a tremenda responsabilidade de presidente do clube a pessoa que deu mostras de não ter a mínima habilitação no ramo do futebol, caso de Rômulo Amaro.
Sobre o comando dele, o Guarani foi rebaixado à Série C, com o carimbo de lanterna.
Realizou um Paulistão mediano e, como é coisa de aprendiz, concordou com a equivocada proposta para montagem de equipe extremamente jovem àquela competição.
Depois, com os tropeços nas primeiras rodadas da Série C, se apavorou e foi trocando tudo que tinha pela frente: treinador, executivo de futebol e remontagem do elenco. Aí, aos trancos e barrancos, o time saiu do abismo e surpreendentemente beliscou vaga no quadrangular.
Conclusão: vaciladas em jogos que supostamente poderia se impor, diante do Náutico e Brusque, refletem a instabilidade dos jogadores, quando vitórias eram tidas como certas.
HUMILDADE
Neste percurso diretivo, nas horas difíceis faltou humildade para esse colegiado pedir socorro a bugrinos com folhas de serviços prestadas ao clube.
São vários que poderiam socorrê-los, mas vou me restringir a alguns nomes como Milton Fernandes Alves, médico Wanderlei Rondoni, Cláudio Corrente, Raul Celestino Soares, e principalmente o vitorioso ex-presidente Beto Zini.
Tenho convicção que se tivessem pedido a ‘benção’ para Zini, ele – como apaixonado pelo clube – não recusaria.
OPOSIÇÃO
Acrescente nesta história que pessoas da ala de oposição não se atrevem a encabeçar candidatura pelo entendimento da falta de apoio entre associados e conselheiros.
Diante do cenário, a probabilidade é que os atuais dirigentes se reelejam nas próximas eleições executivas do clube, que se avizinham.
Não se surpreendam se a conversa sobre SAF (Sociedade Anônima de Futebol) passar a ganhar eco.
VENDA DE MANDO
E só para não passar batido, cabe recapitular um fato que caiu no esquecimento: aquela esquisita venda de mando do jogo do Guarani contra o Palmeiras para Londrina, ainda no Paulistão.
Houve o recuo, com volta ao Estádio Brinco de Ouro, devido à pressão das torcidas organizadas.
A princípio, a empresa que organizou aquela mudança ameaçou entrar na Justiça, com cobrança de R$ 3 milhões como indenização dos prejuízos.
Foi feito um acordo preliminar para que o Guarani a ressarcisse parcialmente, e antecipado a renda líquida do jogo com o Palmeiras.
Depois disso, ninguém mais tocou no assunto.