Como o complemento desta 16ª rodada da Série B beneficiou integralmente o Guarani, na postagem anterior foi feito um balanço sobre as reais chances dele para conquistar a classificação.
Com o desligamento do treinador Alberto Valentim da Ponte Preta nesta segunda-feira, automaticamente começaram as especulações sobre o suposto substituto.
Falaram de Higo Magalhães, que deixou o CSA recentemente, assim como Jorge Castilho, que por muito tempo esteve no Maringá.
Todavia, o repórter Lucas Rossafa, da Rádio Jovem Pan News Campinas, cogitou a possibilidade de Marcelo Fernandes – ex-Guarani – ser confirmado.
Higo Magalhães e Castilho só seriam recomendáveis antes de início de competições, para se programarem, e não pegarem o ‘bonde andando’.
Castilho ficou marcado pelo uso de marcação homem a homem sobre adversários, o que seria difícil implantar na Ponte Preta, na atual conjuntura.
Higo tem lá os seus méritos, mas resta saber por que clubes que dirige oscilam, com bom início e súbitas quedas de rendimento.
VALENTIM
Que Alberto Valentim tenha boa sorte no América Mineiro – seu novo clube -, pois havia ficado a dúvida se levaria a Ponte Preta de retorno a Série B para 2026.
Valentim é treinador de estratégia basicamente única em busca de resultados: rigoroso esquema defensivo e opção de jogar por uma bola, em jogadas de contra-ataques, na tentativa de ganhar jogos.
Pergunta-se: foi vista orientação para atacantes pontepretanos marcarem sob pressão a saída de bola do adversário?
Não.
São habituais as triangulações pelos lados do campo?
Também não.
Criava alternativa para modificar a estrutura tática no transcorrer de partidas?
Na maioria das vezes as trocas eram ‘seis’ por ‘meia dúzia’.
VINTECINCO
Onde anda o centroavante Gustavo Vintecinco’, que pela estatura de 1,93m de altura poderia circunstancialmente ser explorado no jogo aéreo?
Houve treinamento técnico específico para que o atleta tornasse opção válida quando o adversário se retrancou para sustentar vantagem no placar?
Ele pode até ter limitações em jogadas no chão, mas será que não teria utilidade com abuso de cruzamentos à área adversária, como foi visto?
Logo, se está claro a falta de discernimento de Valentim nas escolhas dos titulares, como esperar coisas diferentes?
Foi uma incrível insistência em escalações de jogadores que não fizeram por merecer camisa na equipe.
MAGUINHO
Ele bancou até o fim o fraco lateral-direito Maguinho.
Um ‘punhado’ de gente metida a entender do riscado também não conseguiu enxergar que o atleta defende mal e acrescenta muito pouco ao ataque.
Nem de longe o lateral-esquerdo Artur foi aquele jogador de transições rápidas ao ataque, e não se buscou outra alternativa no setor.
E por aí vai.
Resta apenas aguardar que o novo treinador faça muita coisa diferente do mostrado por Alberto Valentim.