No empate por 1 a 1 do dérbi campineiro, na tarde/noite deste sábado, no Estádio Moisés Lucarelli, se é que poderia ter ocorrido um vencedor este seria a Ponte Preta, que exigiu defesa difícil do goleiro Andrey e ainda contou com bola no travessão em chute do meia Serginho, aos 50 minutos do segundo tempo.
O Guarani teve duas chances e converteu uma delas, com o belo gol de voleio do atacante Mirandinha.
O segundo tempo foi mais movimentado, entretanto, para a Ponte Preta, afora as citadas chances criadas, não apresentou futebol convincente.
MAGUINHO
O treinador pontepretano Alberto Valentim insiste em escalações de jogadores questionáveis, o principal deles o lateral-direito Maguinho, que quase nada acrescenta ofensivamente, e rotineiramente comete erros de marcação.
Isso ficou evidente no gol de empate do Guarani, aos 27 minutos do segundo tempo, quando deixou o atacante Mirandinha livre de marcação, o que possibilitou perfeita finalização rasteira, no canto esquerdo do goleiro Diego Silva, após cruzamento do lateral-direito Cicinho.
ÉLVIS DE FALTA
Antes disso, a Ponte Preta ficou à frente do placar em perfeita cobrança de falta frontal, através do meia Élvis, bem nas proximidades da área.
No lance, o centroavante Jeh tentou escapar da marcação do zagueiro Raphael Rodrigues, que tocou com a mão na bola.
Na cobrança, a bola cobriu a barreira e não permitiu a mínima chance de defesa do goleiro Andrey, aos 14 minutos do segundo tempo.
Seis minutos antes, Andrey já havia praticado defesa em chute rasteiro do volante Dudu, no canto esquerdo.
JAPONÊS ESTREIA
E não é que inesperado ocorreu pelos lados do Guarani.
O que teria levado ao estreante treinador Matheus Costa requisitar para o banco de reservas e colocar em campo o franzino japonês Ryuta Takahashi, de 1,56m de altura, aos 31 minutos do segundo tempo?
No futebol atual, de muita disputa física, o rapaz terá que mostrar muita velocidade para escapar do enfrentamento com os ‘brutamontes’ por aí.
Nas disputas diretas, ele levou desvantagem, mas teve a chance de marcar o gol da vitória quando apareceu livre de marcação, já dentro da área, e ‘penou’ a bola aos 41 minutos.
PRIMEIRO TEMPO FRACO
Foi um primeiro tempo fraco, sem que as equipes criassem qualquer chance de gol.
Nos primeiros 15 minutos, a Ponte Preta optou por linhas avançadas e marcação sob pressão na saída de bola do Guarani.
Entretanto, não conseguiu colocar em prática jogadas de infiltrações por duas razões: troca de bola com relativa lentidão e aplicação do time bugrino para a recomposição e fechar os espaços.
Se aparentemente a equipe bugrina teria sido escalada com três atacantes, na prática tanto Mirandinha como Kauã Jesus cumpriram a estratégia de recomposição.
À medida que a Ponte Preta afrouxou um pouco aquela forte marcação de linha avançada, o Guarani passou a ter mais liberdade para ficar com bola.
DIEGO TORRES
E para este jogo, o treinador estreante Matheus Costa apostou no reposicionamento do meia Diego Torres, como se fosse um segundo volante nas saída de bola de trás, para que fosse o organizador de passes mais longos e viradas de jogo.
Assim, o time bugrino passou a rondar mais vezes a área pontepretana e tendo alguns escanteios ao seu favor, principalmente usando o lado esquerdo do campo, através dos avanços do lateral-esquerdo Emerson Barbosa.
Apesar desta postura, isso não implicou em oportunidades reais criadas pelo Guarani no primeiro tempo.