Há um dito que é preferível ouvir bobagem do que ser surdo, mas eu não prefiro ouvir a tremenda bobagem dita pelo novo treinador do Guarani, Matheus Costa, quando da apresentação dele nesta segunda-feira.
Olhe que ele sequer ficou vermelho quando saiu com essa ‘pérola’: “Acompanhei jogos de todos os clubes desta Série C do Brasileiro e posso afirmar que o Guarani está incluído entre os quatro melhores”.
Como assim?
Exatamente isso que Costa falou.
Convencionando-se que tenha falado com sinceridade, será que nós – analistas de futebol e torcedores com pleno discernimento – somos cegos?
Essa fala também é uma indireta aos antecessores dele – Maurício de Souza e Marcelo Fernandes – que não teriam a devida competência para extrair mais desse elenco.
JOGADA ESTRATÉGICA
Acreditemos, então, que tenha sido uma jogada estratégica para motivar o grupo, e assim projetar extrair mais no aspecto físico dos jogadores?
Se o treinador imaginou essa narrativa, alguém precisa avisá-lo que a campanha apenas intermediária do Guarani nada tem a ver com precariedade física, pois os jogadores têm corrido.
O que o novo treinador pode fazer para melhorar o desempenho da equipe?
Costa registra apenas oito anos de atividade, iniciada no Paraná Clube.
Já se constatou que ele consegue o agrupamento dos jogadores, mas, além disso, o indicado é que copie o formato de Marcelo Fernandes com três zagueiros.
No mais, é cobrado para realizar alguns ajustes, principalmente para que a equipe não dependa basicamente das finalizações do centroavante Bruno Santos.
CINCO JOGOS
Isso seria possível restando apenas cinco jogos para o encerramento da primeira fase desta Série C?
Sei lá eu.
Quem acreditaria que o Anápolis fosse sair da lanterna e conquistar três vitórias nos últimos quatro jogos?
E o Maringá – inicialmente tido como favorito a uma das oito vagas de classificação – ficar enroscado?
Nesta imprevisibilidade da Série C do Brasileiro, convenhamos que nenhuma das hipóteses pode ser descartada.