Demitir o treinador Marcelo Fernandes resolve, senhores cartolas do Guarani?
Repito aquilo que já disse: os senhores deveriam ser demitidos.
É obrigatório analista de futebol avaliar comportamento tático de uma equipe de futebol?
Nem sempre!
Dependendo das circunstâncias, não.
Houve estrutura tática do Guarani nesta derrota por 1 a 0 para o Náutico, no Estádio Brinco de Ouro, na tarde/noite deste sábado?
Claro que não!
Como a bola chega para o centroavante raiz Bruno Santos?
Só através de cruzamentos.
Com a defensiva adversária bem posicionada, esqueça.
Logo, análises sobre as trocas de seis por meia dúzia no time bugrino não acrescentam nem diminuem absolutamente nada.
O elenco é fraco e recapitulando-se partidas anteriores, a constatação lógica se direciona aos cuidados defensivos para manutenção de resultados favoráveis.
Foi assim para evitar sofrer gol na vitória até diante do fraco Itabaiana, que dominou o segundo tempo daquela partida disputada em Campinas.
O mesmo se repetiu na vitória em casa para o CSA por 1 a 0 e empate em Londrina por 1 a 1.
MAIS DISTANTE
Esta derrapada distancia um pouco mais o Guarani do propósito de briga por vaga entre os oito classificados à próxima fase da Série C do Brasileiro.
Já o clube pernambucano deu um salto significativo rumo ao objetivo de conquistar vaga entre os oito que vão integrar a segunda fase da competição.
Agora, ao atingir 23 pontos, projeta a conquista de mais sete nas cinco rodadas restantes.
O Guarani – que permanece como 16 pontos – precisa empreender uma reação, e, conforme a tabela, os dois próximos adversários estão no páreo por vagas de classificação, casos de Ponte Preta e Ypiranga, respectivamente no Estádio Moisés Lucarelli e Brinco de Ouro.
PRIMEIRO TEMPO
O Náutico foi mais organizado durante o primeiro tempo, explorando bastante o lado esquerdo do gramado, com jogadas individuais do atacante de beirada Vinícius.
E mesmo encontrando dificuldades para penetrar no sistema defensivo do Guarani, ele soube chegar ao gol em cobrança de falta através de Lucas Cardoso, aos 47 minutos.
Kelvin, do Náutico, sofreu a infração pela meia direita, nas proximidades da área, e aí a cobrança foi perfeita, com bola no canto esquerdo do goleiro Andrey.
Foi um período em que o Náutico havia criado, antes, apenas uma real oportunidade, aos 13 minutos, quando a bola chutada por Lucas Cardoso desviou em jogador bugrino e foi em direção do goleiro Andrey.
Como o Náutico foi uma equipe bem estruturada defensivamente, com rápida recomposição, o Guarani encontrou dificuldades de penetração.
Assim, a única chance criada foi em cruzamento do lateral-esquerdo Emerson Barbosa e toque de peito do centroavante Bruno Santos na bola, que passou à esquerda do goleiro Muriel, aos 40 minutos.
INOPERÂNCIA
No segundo tempo, viu-se a repetição da inoperância do Guarani, sem estruturação tática e bola cruzada seguidamente à área adversária.
Foi neste estilo que aos 40 minutos Bruno Santos cabeceou a bola que chocou-se na trave, mas estava impedido.
Raphael chegou a marcar aos 47, mas também foi marcado impedimento na jogada.
Convenhamos, quase nada para quem precisa dar uma satisfação à sua torcida.
Foi um segundo tempo em que o Náutico se dispôs a administrar o resultado, porém com queda de rendimento físico de vários de seus jogadores, entre eles Vinícius.