Parece que o treinador da Ponte Preta, Alberto Valentim, já imaginava que seria criticado após a derrota para o São Bernardo, no sábado, e se antecipou logo após a partida.
Só que arrumou uma desculpa fora de contexto para desviar o aspecto crucial que determinou a ‘lambada’ por 2 a 0.
Saiu com essa: “O primeiro gol a culpa é minha. Nós treinamos um posicionamento e, por uma percepção que tive na hora, acabei mudando de ideia”.
Nada a ver, caro Valentim.
O senhor errou antes, durante e até o final deste jogo.
Errou porque não quis enxergar o óbvio de afastar da equipe principal jogadores que até fisicamente estão devendo melhor rendimento.
ÉLVIS
Só o senhor não quis observar que, ainda contra o Tombense, o meia Élvis andou em campo, totalmente sem mobilidade.
E por que o atleta perdeu aquela melhora de condicionamento físico do início da Série C do Brasileiro?
Não é de hoje que isso acontece com Élvis, na Ponte Preta.
Quando passou pelo clube, ano passado, o treinador Nelsinho Baptista já havia afastado o jogador para que aproveitasse um determinado período para se recuperar fisicamente.
Aí, passado algum tempo, após a leve melhoria no aspecto físico, tudo volta à estaca zero.
É um caso que o Departamento de Futebol da Ponte Preta deveria ter ficado atento.
MAIS TRÊS
Como explicar a acentuada queda de rendimento físico do lateral-esquerdo Artur?
No meu tempo de repórter – quando era possível entrevista individualizada – cobrava-se de treinadores as devidas explicações.
Ou, como a gente assistia aos treinos, independentemente da opinião do treinador, o diagnóstico estava pronto.
Só Artur?
Não. O lateral-direito Maguinho e o atacante Jean Dias já correram bem mais em outras ocasiões.
Ora, em vez de se desviar do assunto e se autodeclarar culpado pelo primeiro gol, Valentim precisa cair na real que a culpa dele é muito maior.
Primeiro pela falta de controle sobre rendimento físico de jogadores, quando na prática deveria cobrar o preparador do departamento.
TÁTICA
Qual o arranjo tático do time pontepretano, para construções de jogadas pelos lados do campo?
Inexiste.
Com Élvis em campo, esse modelo não casa, pois ele não tem mobilidade para se deslocar e receber a devolução de passes, na beirada do campo.
EBERLIN
Insisto que se o presidente Marco Eberlin deixar o barco rolar solto, sem dar uma enquadrada no treinador, o futuro da Ponte Preta na competição é incerto.
Não se apeguem apenas na pontuação, pois a bola que a equipe tem mostrado tem sido sofrível