Se aquele Maringá do início desta Série C do Brasileiro era clube praticamente imbatível atuando seus domínios, com a perda do meia Léo Ceará e o centroavante Matheus Moraes – negociados – a história mudou, até porque o atacante Maranhão está voltando apenas agora à equipe.
Agora, o Maringá até cria oportunidades de gols, mas ora desperdiça por erro de pontaria, ora o bom goleiro Diogo Silva, da Ponte Preta, se encarrega de praticar duas defesas difíceis, como na noite deste sábado, no interior paranaense.
Assim, como o time pontepretano contou com gol em finalização até despretensiosa do volante Lucas Cândido, de fora da área – e desvio no zagueiro Max Mullher -, aos três minutos do segundo tempo, a Ponte Preta trouxe uma importantíssima vitória por 1 a 0,
O resultado a recoloca provisoriamente na liderança da competição, agora com 20 pontos.
LIGAÇÃO DIRETA
Se a filosofia tática do Maringá é ligação direta e marcação individualizada, o treinador da Ponte Preta, Alberto Valentim, também aderiu ao modelo nesta partida, que foi transformada em muita competitividade.
Assim, durante os primeiros 25 minutos, o predomínio foi absoluto do Maringá, mas na prática apenas ameaçou a meta pontepretana cinco minutos depois, com chute forte de Ronald Carvalho e precisa defesa do goleiro Diogo Silva.
Todavia, pouco antes a Ponte Preta havia saído da ‘toca’ e até teve chance real de gol, porém o chute do atacante Jean Dias foi para fora.
Ao sofrer gol de forma imprevisível de Lucas Cândido, o Maringá passou a intensificar ainda mais a parte ofensiva e ganhou mais mobilidade neste setor com a entrada de Danielzinho, que perdeu gol incrível quando, cara a cara, chutou a bola em cima de Diogo Silva, e logo em seguida – aí sim – exigiu que ele praticasse defesa com grau de dificuldade, com bola no ângulo esquerdo.
Depois, apesar do volume ofensivo do Maringá, na prática foi a Ponte Preta quem teve a chance de dilatar a vantagem quando, em contra-ataque, Everton Brito serviu o centroavante Jeh em condições de arremate, mas houve demora na definição do lance, que não resultou em nada.
ÉLVIS
Tem-se que necessariamente ressaltar a sabedoria do treinador pontepretano Alberto Valentim ao prescindir do meia Elvis nesta partida.
Prevendo o caráter competitivo, logo concluiu que não era jogo para um atleta de pouca mobilidade como ele, que seria totalmente envolvido por marcadores, e a Ponte não contaria com um jogador para ajudar na ‘pegada’, como era requisito na partida.
Portanto, valeu a coragem de Valentim na tomada de decisão ao escalar Everton Brito, que pelas circunstâncias seria jogador mais competitivo.
Também acerto no formato da equipe com três zagueiros e uma malha de marcação bem fortalecida.
CARTÕES
Se o volante Dudu e o lateral-zagueiro Artur tomaram cartões amarelos desnecessários e projetava-se o iminente risco de expulsão, providencialmente foram substituídos, em mais uma ocasião que a Ponte Preta ‘picotou’ o jogo enquanto pode, e o reflexo disso foram cinco de seus jogadores amarelados.