O treinador italiano Carlo Ancelotti começa a dar uma nova cara ao Selecionado Brasileiro.
Inicialmente colocou em prática um formato bem ofensivo, sem posicionamento fixo dos atacantes, e assim viu-se supremacia total de sua equipe na vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai, na noite desta terça-feira, na Néo Química Arena, o estádio do Corinthians.
O resultado serviu para garantia antecipada de vaga à Seleção Brasileiro à Copa do Mundo da próxima temporada.
Se em partidas anteriores via-se Vini Júnior como atacante de beirada pelo lado esquerdo, com poucas variações no deslocamento também pelo lado direito, no jogo desta terça-feira ele flutuou por todo espaço do ataque, principalmente como centroavante.
GOL
Pois esse posicionamento como homem de área permitiu que chegasse ao gol de sua equipe durante o primeiro tempo, aos 44 minutos, ocasião que Matheus Cunha, explorando o espaço pelo lado direito, chegou ao fundo de campo e fez o cruzamento rasteiro para o interior da área, possibilitando que Vini Júnior se antecipasse ao quarto-zagueiro paraguaio Omar Alderete e concluísse com sucesso.
MARTINELLI
Apesar do maior volume ofensivo dos brasileiros, a bem postada defensiva do Paraguai impediu que a troca de passes e infiltração refletissem em mais oportunidades reais, pois, afora o lance do gol, no primeiro tempo apenas mais uma chance real foi criada em jogada de Martinelli pelo lado esquerdo, com bola cruzada e Matheus Cunha perdeu o tempo dela no cabeceio direto ao gol, tanto que procurou ajeitá-la para o interior da área, sem que por ali tivesse um companheiro para o complemento.
Além de Vini Júnior, Martinelli, Raphinha e Matheus Cunhas se alternaram frequentemente de posições no ataque e organizações de jogadas, e isso confundiu bastante a marcação paraguaia.
Como no primeiro tempo a proposta do Paraguai foi se defender, a Seleção Brasileira reviveu os tempos em que praticava-se futebol no formato tático de 4-2-4, porém nas poucas vezes que o adversário passava do meio de campo, a recomposição dos atacantes brasileiros era imediata.
PARAGUAI AVANÇA
Em desvantagem no placar e com substituições de jogadores de postura mais ofensiva, o Paraguai adiantou as linhas e rondou mais vezes a área brasileira, e em duas chegou a criar chances.
Aos 15 minutos, em lance de hesitação do lateral-esquerdo Alex Sandro, o centroavante Tonny Sanabria finalizou fraco e facilitou a defesa do goleiro Allison.
Depois, aos 27 minutos, em bola rebatida pela defensiva brasileira, o lateral Júnior Alonso tentou no cabeceio, porém sem êxito.
Antes disso, uma bola levantada pelo volante Bruno Guimarães tinha o endereço certo de mais um gol brasileiro, mas o lateral Cáceres salvou de cabeça quase na linha fatal.
Com linhas avançadas do Paraguai, Raphinha explorou o espaço no contra-ataque e criou jogada individual pela direita aos 31 minutos. Na finalização e rebote do goleiro Gatito Fernández, por pouco Martinelli aproveitou a sobra, mas foi travado por um adversário.
GERSON
Para a Seleção Brasileira não correr risco, Ancelotti optou por reforçar a pegada no meio de campo, com a entrada do volante Gerson.
Assim, apesar da insistência do Paraguai pelo empate, o Brasil usou velocidade nos contra-ataques e, em nova jogada pessoal de Raphinha, Bruno Guimarães foi servido e, na finalização, exigiu defesa com grau de dificuldade para o goleiro Gatito Fernández, no canto esquerdo, aos 43 minutos.