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Berico, uma história do Guarani ao Flamengo

  • 07/06/2025

Essa história de paralisação de um campeonato como a Série C do Brasileiro, em respeito à data FIFA, não casa bem em competição que nada tem a ver com o alto ‘escalão’ do futebol.

Então, para evitar enrolação de repetidos assuntos, elenquei a pauta da próxima coluna Cadê Você – que trata de jogadores com passagens por Guarani e Ponte Preta – para que também lembremos de ídolos do passado neste espaço do Blog do Ari.

NOVO PELÉ?

Imaginem se durante um encontro de torcedor bugrino com quaisquer dos dirigentes do clube for citado que o atleta ‘fulano de tal’ faz lembrar o saudoso ponta-de-lança Berico.

Não estranhem se a resposta for ‘não sei de quem se trata’, ou ‘quem foi e onde jogou esse atleta’?

Claro que o suposto torcedor faria uma rápida recapitulação sobre Berico, que passou pelo Guarani entre 1963/64, que pela facilidade no drible e velocidade seria pretendido por grandes clubes do futebol brasileiro, até porque exagerados estavam sugerindo o ‘nascimento’ de um novo Pelé.

Evidente que não, mas foi sim um jogador talentoso.

Foi-se o tempo em que cartolas estudavam histórias de seus respectivos clubes e lembravam de talentosos jogadores que por eles passavam.

Se contra-argumentarem que Berico passou pelo Guarani há mais de 60 anos, e quem sequer havia nascido naquela época não teria obrigação de saber, então recapitulemos como Berico chegou ao Guarani.

JABOTICABAL

Ele foi descoberto no Jaboticabal, interior paulista, nos tempos que o Guarani contava com vários olheiros espalhados por aí, e chegou ao Estádio Brinco de Ouro em 1963, ratificando tudo que havia sido dito sobre ele.

Como eu seria incapaz de lembrar todos os titulares daquela época – como o zagueiro Adílson e atacantes Felício e Vicente -, nada como recorrer ao historiador bugrino José Ricardo Lenzi Mariolani que cita em suas publicações esta formação: Dimas; Oswaldo Cunha, Adílson e Diogo; Eraldo e Tião Macalé; Amauri, Berico, Américo Murolo, Felício e Vicente.

FLAMENGO

No primeiro jogo do ano de 1964 do Guarani, no dia 11 de janeiro, no amistoso em que venceu o Flamengo por 2 a 1, na inauguração do serviço de iluminação do Estádio Brinco de Ouro, Berico fez uma ‘partidaça’, ratificando informações que o adversário já tinha sobre ele.

Logo, foi recomendada a contratação por 50 milhões de cruzeiros – moeda corrente da época -, o que provocou revolta do torcedor bugrino, que não admitia a perda do ídolo.

Todavia, no Flamengo o rendimento do atleta não foi o mesmo, resultando em perda de espaço entre os titulares e consequente negociação com o Club Jalisco do México, e de lá ao futebol dos Estados Unidos, com carreira encerrada em 1978 no Sacramento, da Califórnia, onde fixou residência – já identificado pelo nome de nascimento como José de Oliveira Filho – e permaneceu até 22 de agosto de 2016, data da morte aos 74 anos de idade.

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Comentário

  • junho 8, 2025
    Luiz Otto Heimpel

    Tenho 80 anos então vi Berico jogar. No começo parecia que estava surgindo um craque de primeira linha. No Bugre ele realmente começou muito bem mas foi prematuramente para o Fla e lá não repetiu o bom futebol.

  • junho 7, 2025
    Herald

    Talvez eu seja um dos poucos, aqui neste blog, que me lembro do Berico. Não só dele, mas desse time inteiro acima escalado, que foi o primeiro Guarani que eu conheci, pois eu “juntava” figurinhas de um álbum que tinha 6 clubes paulistas e 6 cariocas – grandes times desses 2 estados que dominavam o futebol brasileiro naquela época.

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