Por vezes, futebol passa a ser um troço surpreendente.
Quem diria que da primeira à quinta rodada da Série C do Brasileiro a equipe da Ponte Preta colocasse em prática uma evolução inimaginável, a ponto de ser apontada como um dos clubes que mostra o melhor rendimento da competição, justificável pela liderança.
Daquela paúra para atacar – priorizando contra-ataques – o novo modelo é propor o jogo e atacar de forma coordenada, com recomposição quando da perda da bola, e consequente recuo de atacantes de beirada e do meia Serginho.
PASSES
Daquela ‘montanha’ de erros de passes, eis que agora se vê ajustes que provocaram considerável redução neste quesito.
Via-se chutões desordenados dos defensores para o campo de ataque, geralmente presenteando o adversário, mas agora, com a dupla de zaga formada por Wanderson e Emerson, há valorização na saída de bola.
E se o clube carecia de triangulações pelas beiradas do campo, pelo menos no lado direito elas têm ocorrido, agora com avanços mais frequentes do lateral Maguinho.
A regularidade do volante Dudu é outra surpresa.
Além da característica básica de marcador, tem aparecido com frequência no ataque, e já deixou a marca de gol na competição.
JEH
Agora, com a volta do centroavante Jeh – artilheiro nato – a tendência natural é de rendimento mais satisfatório do setor ofensivo, com maior capacidade de conclusões de jogadas.
Se antes os cruzamentos, principalmente pelo lado direito, não eram completados pela falta do atleta com a característica de dividir a bola com zagueiros e empurrá-la para as redes, as perspectivas são animadoras com a volta de Jeh.
VALENTIM
Se foram justas as críticas atribuídas ao treinador Alberto Valentim, pela demora para sinalizar um formato de jogo da equipe pontepretana, reconheçamos que agora o comandante conseguiu colocar em prática um processo de organização que resulta em vitórias