Que jogo atípico nesta vitória do Maringá sobre o Guarani por 3 a 2, na tarde deste domingo no Estádio Brinco de Ouro, na largada de ambos na Série C do Brasileiro!
Se disserem que ficou barato a vantagem de apenas 2 a 1 para o Maringá durante o primeiro, não há o que questionar.
Todavia, já foi dito reiteradas vezes que o Maringá sofre acentuado desgaste físico até antes da metade do segundo tempo, e disso se aproveitou o Guarani para aumentar o seu volume de jogo ofensivo e chegar ao empate em cobrança de pênalti de Rafael Bilú, com precipitação do zagueiro Ronald Carvalho na disputa de bola com Pablo Baianinho, do Guarani, aos 16 minutos.
A cobrança foi rasteira, no canto esquerdo, três minutos após o árbitro Paulo Henrique determinar a marcação.
Depois disso, o jogo foi se arrastando, apesar de maior posse de bola do Guarani, sem que os goleiros das respectivas equipes fossem obrigados às defesas de registro.
Aí, quando aparentemente o jogo caminhava para o empate por 2 a 2 aconteceu aquelas fatalidades no futebol.
Em cruzamento rasteiro do lateral-direito Rafinha, do Maringá, que não teria consequência mais séria, eis que o pique da bola tem como rumo a canela do jogador bugrino Sarará e ganhou o endereço de seu próprio gol, o chamado gol contra aos 49 minutos do segundo tempo.
Na ocasião, o time paranaense estava com dez homens em campo, devido à justa expulsão de Bruno Xeron, aos 42 minutos.
GOL RELÂMPAGO
Certamente a maioria daqueles 5.779 pagantes no Estádio Brinco de Ouro não imaginava que logo aos três minutos de partida o Guarani já estaria em vantagem.
E o seu gol foi fruto de uma falta cobrada pelo meio-campista Caio Mello, com chute rasteiro no canto direito, mas falha do goleiro Rafael, do Maringá.
Presumia-se que a vantagem pudesse dar tranquilidade para que o Guarani conduzisse a partida, mas na prática foi o Maringá que repetiu a postura de transição de bola em velocidade, ou alongada visando os seus rápidos atacantes.
Foi quando o meio-de-campo bugrino acabou absorvido pelo adversário, e aquele volume de jogo implicava em oportunidades criadas e desperdiçadas.
Primeiro quando o lateral-direito Cristóvão chutou cruzado e a bola passou rente ao poste direito.
Depois, duas vezes com o centroavante Matheus Moraes, ocasião que o goleiro Fred fechou o ângulo e o chute foi desperdiçado, assim como foi praticada defesa difícil.
NEGUEBA
E assim o Maringá voltou a ameaçar com chute forte do atacante Negueba, que atingiu o travessão bugrino, até que o gol de empate, 33 minutos, foi de autoria dele, em desenho de jogada rápida pela esquerda, quando ainda se livrou do zagueiro Lucas Rafael antes de escolher o canto esquerdo baixo para o chute ‘chapado’ e sem chances de defesa.
MARANHÃO
O domínio escancarado do Maringá era prenúncio que pudesse virar o placar ainda no primeiro tempo, e isso se confirmou quando num bate-rebate na área bugrina, a bola se ofereceu para Maranhão, livre de marcação pela meia-esquerda, com chute forte, no canto alto direito, aos 39 minutos.
E aquele primeiro tempo quase foi marcado por um gol contra bizarro do Maringá.
Num recuo de bola de cabeça, através de um defensor de seus defensores, o goleiro Rafael saiu atabalhoadamente da meta e por pouco não foi traído.
MAURICIO SOUZA
Para completar a conceituação sobre Guarani, o treinador Maurício de Souza não estudou adequadamente o time do Maringá, do contrário teria colocado em prática um estilo defensivo mais rigoroso, principalmente quando a sua equipe ainda se colocou à frente do placar.
Erros em escolhas e trocas de jogadores foram notórias, e na sequência vamos avaliar com mais detalhes.