Num jogo rigorosamente igual na finalíssima do Paulista da Série A2, na tarde deste sábado em Indaiatuba, a estupidez do jogador Pedro Arthur, do Primavera, foi decisiva para que o Capivariano conquistasse o título, com a vitória por 2 a 1.
A forma afoita com que Pedro Arthur aplicou o carrinho, acertando a perna do atacante Matheus Guilherme, do Capivariano, não pairou a mínima dúvida sobre pênalti, aos 35 minutos do segundo tempo, cobrado três minutos depois e convertido pelo artilheiro da competição Guilherme Popó, com dez gols.
O chute forte, a meia altura, no canto direito do goleiro Victor Hugo, foi indefensável, apesar dele ter feito a escolha certa da direção da bola.
O título vai reservar premiação mínima de R$ 280 mil ao Capivariano, considerando-se aquilo que foi aplicado à Portuguesa, ano passado.
DEFESAS
Se foi um jogo franco, com ambas equipes tomando iniciativa ofensiva, sem a bola o trabalho de recomposição das equipes foi seguido à risca, de forma que atacantes de quaisquer dos lados tivessem dificuldades para penetração.
Assim, a eficiência defensiva impediu que os goleiros Victor Hugo, do Primavera, e Guilherme Nogueira, do Capivariano, fossem obrigados à prática de defesas com grau de dificuldade.
Logo, nada poderiam ter feito nos gols que sofreram, todos durante o segundo tempo.
MATHEUS GUILHERME
O canhoto Matheus Guilherme, atacante de beirada do Capivariano, teve participação nos dois gols de sua equipe.
Foi em finalização dele, aos 14 minutos, que o Capivariano abriu a contagem.
Antes do arremate, com bola resvalando no zagueiro Afonso, do Primavera, houve providencial troca de passes de jogadores do Capivariano.
Em desvantagem, o Primavera passou a rondar a área adversária com mais frequência, e chegou ao empate através de precisa finalização do meia-atacante Renatinho, que se infiltrou entre o zagueiro Leonan e não deu chances de defesa ao goleiro Nogueira, aos 30 minutos.
Aí surgiu o lance do pênalti que permitiu a volta da vantagem ao Capivariano, que na sequência tomou cuidado de se resguardar e administrar a vantagem.
CAMPO E TORCIDA
No confronto anterior entre ambos, quarta-feira passada em Capivari, naquele empate por zero a zero, foi citado aqui que a estratégia do Primavera, em valorizar aquele resultado, projetando que em seus domínios poderia ser favorecido pelos fatores campo e torcida, era subjetiva.
Hoje, sem aquele peso de pressão dos jogadores de clubes mandantes e cumplicidade da arbitragem, o fato de decidir em casa tem peso relativo, e isso ficou provado mais uma vez.