Será que o torcedor pontepretano acreditava piamente na possibilidade de seu clube ganhar do São Paulo, em pleno Estádio do Morumbi?
Pois ganhou, e de virada por 2 a 1.
Embora esse São Paulo tivesse apenas empatado com o Velo Clube por 3 a 3, em seu estádio, ficava sempre uma dúvida em relação às possibilidades da Ponte Preta, principalmente pela impressão negativa deixada contra o Botafogo, sábado passado, em Campinas.
Parece inacreditável, mas num grupo em que o Palmeiras era tido como favorito, eis que a Ponte Preta, ao atingir 22 pontos, tem tudo para garantir classificação: basta que vença o Bragantino no próximo domingo, no Estádio Moisés Lucarelli.
E, em caso de tropeço do São Bernardo diante da Portuguesa, nesta quinta-feira, a equipe pontepretana pode até terminar a fase na primeira colocação do grupo.
DEFENSIVA
A exemplo dos jogos na condição de visitante, inicialmente a Ponte Preta levou para campo a proposta de jogar atrás da linha da bola e explorar contra-ataque.
Durante o primeiro tempo, ela foi eficiente na marcação, diante do lento e previsível time são-paulino, que roda a bola de um lado ao outro do gramado, mas mostra pouca capacidade de infiltração.
Eficiente exceto na ‘bobeira’ no lance que originou o gol são-paulino, aos 45 minutos do primeiro tempo.
Ali deixaram o centroavante Calleri livre na pequena área, em cobrança de escanteio, tanto que bastou ele escorar a cabeça na bola, para mandá-la no meio do gol e fazer 1 a 0.
ARTUR
E não é que a história da partida mudou radicalmente logo aos dois minutos do segundo tempo quando, em bola cruzada da direita, através do atacante Jean Dias, percorreu toda extensão da área, possibilitando que o lateral-esquerdo Artur aparecesse para completar a jogada e empatasse a partida: 1 a 1.
Foi o bastante para o São Paulo se desestabilizar, e a forte marcação da Ponte serviu para neutralizar as poucas tentativas de infiltrações e bolas cruzadas.
Do mau desempenho do São Paulo, a Ponte Preta foi criando coragem para se aproximar mais vezes do ataque.
Assim, numa delas, aos 14 minutos, Artur errou tentativa de chute, mas a bola ganhou a direção do atacante Everton Brito, que a desviou e surpreendeu o goleiro Rafael: Ponte 2 a 1.
Depois disso, a maior posse de bola do São Paulo no campo ofensivo não implicou em provocar situação de perigo à meta do goleiro Diogo Silva.
FEDERAÇÃO
Como a dona Federação Paulista de Futebol fez o favor de programar jogos dos clubes de Campinas quase que em horários simultâneos – com meia hora de diferença, o jeito foi ficar com um olho em Guarani e Velo Clube, através da Internet, e o outro na TV Record, que transmitiu São Paulo e Ponte Preta.
Evidente que nesta circunstância é impossível aquela análise tática mais aprofundada.
Assim, juntamos ao modelo da maioria dos analistas de futebol para conteúdo bem genérico.