Cosmópolis está enlutada com o falecimento de João Geraldo Spana, aos 77 anos de idade, que lá nasceu e morreu na madrugada deste sábado, sendo enterrado no final da tarde no cemitério municipal daquela cidade.
Pontepretanos setentões lembram-se que Geraldo Spana formou dupla de zaga com o saudoso Samuel nos anos 60 do século passado, e perdeu espaço no clube após desentendimento com o já falecido treinador Cilinho.
Aquele estilo de garra, facilidade para antecipar atacantes adversários e impulsão para o jogo aéreo defensivo o credenciava a carreira de sucesso.
Cabe completar a informação que Geraldo Spana estava internado há uma semana, devido à problemas cardíacos, segundo revelou o ex-goleiro Válber, com passagens pelo juvenil do Guarani.
E só cheguei à informação porque foi repassada pelo amigo jornalista Roberto Diogo, que curiosamente foi atleta do juvenil da Ponte Preta quando Geraldo Spana integrava o elenco de profissionais.
Em outras circunstâncias, o enfoque sobre a breve carreira de Geraldo Spana seria focalizada na coluna anexa ao Blog do Ari, que é o Cadê Você, um espaço aberto a ex-jogadores de Ponte Preta e Guarani.
Nesta época do ano, com escassos assuntos esportivos, abre-se a oportunidade de enfatizar o breve histórico dele no futebol neste espaço de maior alcance.
DÉRBI
Formado no juvenil da Ponte Preta, salvo engano quis o destino que a estreia dele no profissional ocorresse justamente no dérbi campineiro denominado Taça da Amizade, no Estádio Moisés Lucarelli, com vitória pontepretana por 1 a 0, gol do saudoso meia-direita Capelloza.
Observação: eu estava lá naquele 24 de junho de 1966, ocasião que o então treinador Sidney Cotrin deslocou o quarto-zagueiro Beto Falseti à lateral-esquerda, abrindo-se espaço para a estreia de Geraldo Spana, num time formado por Piveti; Nunes, Egídio, Geraldo Spana e Beto Falseti; Celino e Joaquinzinho (Zé Francisco); Walter, Capelloza, Orlado (Ademir) e Jonas.
Em 1968, quando a Ponte Preta recorreu à montagem do elenco através de ‘medalhões’, Beto Falseti retornou à quarta-zaga e Spana só retomou a titularidade na temporada seguinte, ocasião que voltou a formar dupla de zaga com Samuel, mas o desentendimento com Cilinho implicou em perda da posição para Araújo.
CARREIRA ABANDONADA
Irritado com a postura do comandante, Geraldo Spana simplesmente largou tudo e voltou a Cosmópolis, para seguir a vida com negócios então criados, sendo bem-sucedido como empresário nos investimentos em imóveis.
Logo, embora tivesse propostas para retornar à carreira no futebol, parece que ficou com aversão à modalidade, pois recusava até convites para se divertir na várzea.