O torcedor bugrino mal conseguiu ‘zoar’ a rival Ponte Preta, atropelada e massacrada pelo Sport Recife na goleada por 4 a 0, em seus próprios domínios, na noite de sábado, pois o seu clube deu motivos para o troco.
É que a derrota do Guarani para o Brusque por 2 a 1, na manhã/tarde deste domingo, no interior catarinense, já o sacramenta como lanterna desta Série B do Brasileiro, antecipadamente.
Mesmo que o ‘sobrenatural de Almeida’ permita que surpreenda o Ceará, na rodada derradeira da competição, na noite do próximo domingo em Campinas, o máximo que pode ocorrer seria ele pular de 32 para 35 pontos, mas o Brusque, penúltimo colocado, já tem 36.
TIME FRACO
E por que o Guarani não teve capacidade para ao menos empatar com o também rebaixado Brusque?
Porque o time é fraco. Aquela posse de bola, rodando pra lá e pra cá, é uma espécie de ‘me engana que gosto’.
O treinador Allan Aal até mentalizou os seus jogadores para valorizarem a posse de bola, a procura de brecha para definições de jogadas.
Problema é que o time, quando bem marcado, carece de jogadores capazes de, em lampejos, se infiltrarem na defensiva adversária, para as devidas conclusões.
Assim, os atletas se valem basicamente de finalizações de fora da área, ocasião que um goleiro experiente e bem colocado, como Matheus Nogueira, neutraliza com naturalidade.
RODOLFO POTIGUAR
Se pelos lados do Brusque equivocadamente o treinador Marcelo Cabo escala o inoperante atacante Keké e deixa na reserva Diego Tavares, o que esperar de concreto ofensivamente se o ‘gringo’ Augustin Gonzales também não jogou absolutamente nada?
Assim, para abrir o placar, o Brusque teria que apostar em chutes fortes, de fora da área, do volante Rodrigo Potiguar, que acertou o ângulo direito do goleiro bugrino Fred Conte, aos sete minutos, em período que ele tinha o controle do jogo.
E mesmo quando o Guarani empurrou o adversário para o seu campo defensivo, a partir dos 15 minutos, correu risco de sofrer o segundo gol aos 23 minutos, quando o atacante Diego Mathias colocou o centroavante Rodrigo Pollero na cara do gol, mas o atleta perdeu o controle da bola e com isso permitiu recuperação da zaga bugrina.
MARCELO CABO ACORDA
Quando o Guarani ameaçou de fato a meta do Brusque, já no segundo tempo, exigindo defesa de porte do goleiro Matheus Nogueira, em finalização de Pacheco, derivado pelo lado esquerdo, o treinador da casa, Marcelo Cabo, acordou.
Aos 20 minutos ele ‘sacou’ Keké para entrada de Diego Tavares, que em jogada pessoal, quatro minutos depois, passou por Pacheco, cruzou rasteiro para o interior da área, ocasião que Diego Mathias se antecipou ao lateral-esquerdo Emerson Barbosa e marcou o segundo gol do Brusque.
Foi um balde de água fria para o Guarani, que se aproximava com frequência da área adversária.
Aquela ampliação da vantagem permitiu que o Brusque retomasse o controle do jogo.
PORFÍLIO
E quando a partida se arrastava para o final, aos 48 minutos o Guarani chegou ao seu gol de honra, através do garoto da base Léo Porfílio que, em sobra de bola, livre de marcação, acertou chute forte, no canto direito, e fora do alcance de Matheus Nogueira.
Naquela ocasião, o Brusque já não contava com o determinado zagueiro Ianson, que, lesionado, havia sido substituído por Gabriel Lima.