Em 1984 o torcedor pontepretano estranhou quando o saudoso treinador José Luiz Carbone optou pela escalação de dois volantes, contrariando o histórico do clube de apenas um atleta para a função.
A dupla passou a ser formada por Régis, estilo mais técnico, e Sívio, com característica basicamente de marcação, e sem recursos para trabalhar a bola.
Desde o final da década de 60 do século passado, a posição de volante era referência na Ponte Preta, pois o incumbido da posição se sobressaía pela capacidade de desarme, como o saudoso Teodoro, que fez dupla com o meia Roberto Pinto – já falecido.
Ambos integravam aquele time do acesso à antiga Divisão Especial – hoje Paulistão, em 1969.
CHICÃO
Logo, o São Paulo veio buscá-lo, mas a recomposição do setor foi rápida com a chegada do também saudoso Chicão em 1972, vindo do São Bento de Sorocaba, coincidentemente com transferência posterior ao São Paulo.
Como havia alternativa de buscar nas categorias de base um volante, lá estava Serelepe, que por um período ocupou a posição.
À época, dirigentes ligados ao futebol buscavam ‘peças’ para encaixe quando das perdas de jogadores, e oportunamente pensou-se em alguém mais experiente para a função, caso de Pedro Omar, vindo do Náutico.
WANDERLEI PAIVA
Em 1976, chegou à Ponte Preta, procedente do Atlético Mineiro, o volante Wanderlei Paiva, que morreu em novembro do ano passado.
O então diretor de futebol do clube, Armando Martins de Oliveira, teve a percepção do acerto da contratação e convenceu o presidente Lauro Moraes, à época, para o investimento.
A capacidade de Wanderlei para antecipar adversários propiciava que ganhasse a maioria das jogadas, com o diferencial da técnica refinada para municiar atacantes.
E quando ele trocou a Ponte Preta pelo Palmeiras em 1980, o clube prudentemente já havia buscado o substituto Zé Mário Crispim, vindo do Botafogo de Ribeirão Preto.
RÉGIS E SÍLVIO
Em 1983, Silvio começou a ganhar as primeiras oportunidades no time pontepretano com o saudoso treinador Dudu, num trio de meio de campo formado por ele, Ângelo e Jorge Mendonça.
Todavia, foi a partir da temporada seguinte que Carbone mudou o novo formato para dois volantes, ocasião que Régis, saído da base, foi o parceiro de Sílvio no setor.
Embora bem limitado tecnicamente, Sílvio era esforçado e, quando não parava o adversário na bola, não titubeava em cometer faltas, picotando seguidamente o jogo.