Se nos dias atuais a gente sequer lembra aquilo que comeu no almoço de ontem, como o pontepretano vai recordar a ‘dança das cadeiras’ na 28ª rodada do Brasileiro da Série B de 2023?
Pois saiba que naquela ocasião a Ponte Preta preocupava tanto os seus torcedores como atualmente.
Havia conquistado apenas 33 pontos – um a mais que agora – e ocupava a 14ª colocação, seis à frente da Chapecoense, que abria a zona de rebaixamento.
Nas rodadas restantes daquela competição, a Ponte Preta continuou patinando, mas conseguiu se salvar ao alcançar 42 pontos e atingir a 15ª colocação, dois a mais que a Chapecoense, que reagiu e conseguiu escapar.
Como nesta Série B, na mesma 28ª rodada, os últimos colocados atingem pontuação comparativamente superior ao ano passado, a lógica indica que para escapar do risco de rebaixamento sejam necessários mais que os 40 pontos, como ocorreu em 2023.
NOVORIZONTINO
Feito essa imprescindível comparação, para quem se apega a dados estatísticos, difícil localizar quem conscientemente não interprete o Novorizontino, do filho Eduardo, como favorito no confronto com o pai Nelsinho Baptista, da Ponte Preta, a partir das 21h da próxima segunda-feira.
Ainda rebuscando a Série B do ano passado, vejam a escalada deste Novorizontino: na 10ª rodada, ocupava a 11ª colocação com apenas sete pontos.
Na 38ª, terminou na quinta colocação com 63 pontos, um a menos que Criciúma e Atlético Goianiense, que garantiram acesso ao Brasileirão.
E ao manter a base do elenco, com poucas reposições em ‘peças’ perdidas, o Novorizontino atingiu a dianteira da competição, que o coloca entre os principais favoritos ao acesso da competição.
SAF
E aí, caso suba, vai conseguir se manter ou será aquele i-ô-i-ô da vida, de sobe e desce, como se diz na gíria do futebol?
Quem ainda não tomou conhecimento, o Novorizontino foi transformado em SAF (Sociedade Anônima de Futebol) em novembro do ano passado, sendo que associados passaram a ser acionistas.
Como Novo Horizonte conta com população de pouco mais de 41 mil habitantes, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é natural presença irrisória de público em jogos no Estádio Jorge Ismael de Biase.
Todavia, em eventos contra grandes clubes do eixo Rio-São Paulo, é natural projetar o aumento de público com o deslocamento de desportistas de cidades vizinhas como São José do Rio Preto, Catanduva, Cafelândia e Borborema, entre outras.
Seja como for, eis uma lição de como se faz futebol, que a cartolada que passa e repassa pela Ponte Preta não aprende.
Continuam com montagens de elencos sem critérios, que refletem em campanhas decepcionantes.