Já que o assunto é Guarani, que tal uma viagem de quase 60 anos do clube, época que o lateral-direito era Deleu, emprestado pelo São Paulo, e não admitia, em hipótese alguma, qualquer fumante entrar em seu veículo Opala.
Acompanhe a passagem do brincalhão Deleu na postagem da coluna Cadê Você, no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/.
UM A ZERO
O Guarani conquistou uma vitória por 1 a 0 sobre o Mirassol na base dos ‘trancos e barrancos’, na noite desta terça-feira, em Campinas.
Tudo que precisava ser feito para esfriar o jogo do adversário o Guarani fez: picotou, abusou de cera e lutou bravamente para cercar os espaços de um Mirassol que tem por filosofia rodar a bola no campo de ataque, a procura de brechas para penetrações, só que desta vez não permitidas.
Ao subir para 24 pontos nesta Série B do Brasileiro, o Guarani já começa a embolar com a turma do pelotão de baixo, beneficiado por tropeços de Brusque para o Novorizontino, e Ituano diante do Avaí.
TRÊS VOLANTES
Não há o que contestar a estratégia do treinador bugrino Allan Aal ao escalar a sua equipe com três volantes.
Desta vez ele deixou Gabriel Bispo no banco para entrar com Anderson Leite, que fez companhia a Matheus Bueno e Pierre.
O comandante imaginou acertadamente que assim colocaria em prática um forte cinturão de marcação, que permitiu apenas duas chegadas perigosas do adversário à sua meta durante toda partida.
Ao fechar os espaços do adversário, a segunda proposta seria que o time bugrino se organizasse rapidamente em contra-ataques, e para isso a opção de escolha na lateral-direita foi por Heitor, atleta que faz transição mais rápida do que Pacheco.
Todavia, como o atacante de beirada Fernandinho, do Mirassol, foi bastante acionado, Heitor teve que cuidar mais da parte defensiva e a saída de bola do Guarani foi prejudicada pela marcação alta do Mirassol.
Assim, sem que os jogadores bugrinos valorizassem a posse de bola, o adversário a recuperava e tentava se organizar, porém sem que as jogadas fluíssem.
ANDERSON LEITE
Na prática, o Guarani só conseguiu um ‘respiro’ a partir dos 35 minutos do primeiro, já sem o lesionado volante Anderson Leite, que deu lugar para o atacante Marlon Maranhão.
A partir daí, ele passou a se aproximar da meta adversária, com sequência de quatro finalizações.
Se nas duas primeiras, João Victor e Luan Dias erraram bastante o alvo, na terceira, em cobrança de falta, o lateral-direito Heitor pegou forte na bola e exigiu defesa de Alex Muralha, a primeira até então.
FRANGAÇO
Aí prevaleceu a tese da insistência de finalizações, mesmo que de longa distância.
Foi quando, aos 47 minutos, João Victor arriscou chute rasteiro neste estilo, basicamente no centro da meta, e o goleiro Alex Muralha sofreu um frangaço: Guarani 1 a 0.
Até então, apesar da maior posse de bola, o Mirassol havia levado perigo apenas em erro de saída de bola do Guarani, aos 11 minutos, ocasião que o volante Matheus Bueno foi desarmado e, no desdobramento da jogada, o centroavante Dellatorre chutou a bola no travessão.
2º TEMPO FRACO
O jogo ficou até pior durante o segundo tempo, com o Mirassol se esbarrando no bem montado esquema defensivo do Guarani, que por sinal até criou duas chances para ampliar a vantagem, exigindo duas defesas de Alex Muralha.
Na primeira, em conclusão de Luan Dias, a bola tocou no peito do goleiro. Depois, um chute com ‘endereço’ de João Victor, outra defesa.
Na base do desespero, até que o Mirassol teve a chance do empate aos 48 minutos, quando, em finalização de Iury Castilho, a bola foi devolvida pelo poste esquerdo do goleiro Pegorari.