Aquele Ditinho, ponteiro-direito que chegou à Ponte Preta em 1970, na reserva de Alan, começou a ganhar espaço na temporada seguinte, com a saída do então titular.
Ele foi um daqueles velocistas que não se constrangiam em procurar espaços além da linha lateral do gramado, para se desvencilhar de marcadores e ganhar a disputa na corrida.
Logo, em vez da identificação como Ditinho, passaram a chamá-lo de Dito Flecha, que morreu no dia 20 de setembro de 2015, em Leme, interior de São Paulo, aos 68 anos de idade.
Curiosidade: aquele atalho ‘descoberto’ do Dito Flecha, já fora das quatro linhas do gramado, foi copiado por Edu Bala nos tempos de Portuguesa, São Paulo e principalmente Palmeiras nos anos 70 e 80, além de Mário Tilico, no São Paulo, em época que árbitros não proibiam atletas de corriam foram da linha demarcatória para prosseguimento nas jogadas.
DEFEITO
Quem rotular Dito Flecha de jogador técnico mente. Valia-se basicamente da velocidade para chegar ao fundo do campo e fazer cruzamentos, muitos deles em direção ao alambrado do lado oposto, que ocasionavam críticas da imprensa de Campinas, mas no decorrer do tempo foi corrigindo os defeitos e assim caindo no agrado geral.
Em 1971, ele atuou num time formado por Wilson Quiquetto; Nelsinho Baptista, Samuel, Waldir Vicente e Santos; Teodoro e Dicá; Dito Flecha, Mosca, Manfrini e Adilson Preguinho.
Também continuou com espaço na equipe após processo de reformulação, com goleiros como Waldir Perez – já falecido – e Moacir Cachorro, assim como outros integrantes do elenco como o lateral-direito Galli, zagueiro Oscar e volante Chicão.
Ainda na Ponte Preta, intercalou período por empréstimo ao Sport Recife, levado pelo saudoso treinador Cilinho.
Cabe o registro que antes da chegada a Campinas, já havia passado por Lemense, União Barbarense e XV de Piracicaba.
LEME
Natural de Leme, ele, registrado como Benedito Geraldo Bueno, voltou a atuar no Lemense em 1978, quando participou da conquista do título da segunda divisão paulista.
A carreira foi encerrada em 1982 no Atlético de Araras, então equipe profissional.
Depois disso ainda atuou como professor da escolinha de futebol da Prefeitura de Leme.