Tanto em áudio como em texto, o personagem focalizado em colunas adjacentes ao Blog do Ari é o ex-zagueiro Domingos, que na passagem pelo Guarani já não era jogador botinudo, e isso é contado em Cadê Você.
O Domingos encrenqueiro até com companheiros do Santos é registrado no áudio Memórias do Futebol.
Quem acessa o blog apenas pela home do FI deve procurar o link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/, mesmo espaço, também, para quem queira postar comentários.
GUARANI
Aí o bugrino então eufórico com a goleada por 4 a 0, diante da Chapecoense, no interior catarinense, além da vitória por 2 a 1 sobre o Coritiba, em Campinas, começava a acreditar piamente na imediata reação de seu clube, correto?
Depois, quando constata o seu clube sofrer goleada por 3 a 0 para o América Mineiro, na noite deste domingo, em Belo Horizonte, pergunta: o que aconteceu?
O favoritismo do ‘Coelho’ para este jogo foi projetado sem rodeio na edição anterior da coluna.
O que não se esperava era que o Guarani saísse do Estádio Independência com ‘três no lombo’.
ALLAN AAL
E não é o caso de ‘malhar’ o treinador bugrino Allan Aal pela opção inicial de um esquema defensivo, até porque conhecia-se sobejamente o risco de oferecer espaço para o adversário criar jogadas ofensivas de velocidade.
O retrato do jogo mostrou exatamente isso por ocasião do lance que originou o segundo gol do adversário, aos 41 minutos do primeiro tempo.
Após cobrança de escanteio para o Guarani, com concentração da maioria de seus jogadores nas imediações ou dentro da área adversária, surgiu o contra-ataque, puxado com rapidez pelo atacante de beirada Adyson, lançado pela direita.
Ele fez o cruzamento na cabeça do atacante Rodriguinho, que desviou a bola para o canto direito do goleiro Vladimir, quando o lateral-direito Pacheco era o jogador bugrino mais próximo do lance.
TERCEIRO GOL
Outro exemplo da posse de bola enganosa do Guarani no campo de ataque, durante maior parte do segundo tempo, é que além de não representar perigo à meta do América, ainda ofereceu espaços em seu campo defensivo, para que fossem explorados, como no terceiro gol, aos 44 minutos do segundo.
A jogada foi construída em arrancada do lateral-esquerdo Marlon naquele corredor, cruzamento rasteiro no primeiro pau e agilidade do atacante Renato Marques para se antecipar ao zagueiro Matheus Salustiano que, em leve toque, colocou a bola na rede.
Sim, o mesmo Salustiano que, entrevistado após a partida, tentou justificar erros coletivos de sua equipe, com a fala do tipo ‘nossos erros’.
Diferentemente dos textos convencionais pós-jogo, com costumeira ordem crescente dos minutos de jogo, foi necessário a caracterização desse foco para esclarecer aqueles fanáticos que cobram postura ofensiva da equipe, que o Guarani dispõe de um grupo de jogadores limitados, com tentativa de seu treinador de colocar um estilo de jogo na busca da eficiência.
Contra o Coritiba, prevaleceu boa compactação defensiva e oportunismo nas poucas chances criadas, uma delas convertida pelo volante Gabriel Bispo, que não tem característica de cabeceador.
LENTIDÃO
Ficou claro a excessiva lentidão do Guarani na transição da defesa ao ataque, no transcorrer da partida deste domingo.
Ocorre que o time passou a ser condicionado ao toque de bola curto, a partir da defesa, com finalidade de que erros de passes sejam evitados.
Teoricamente esse seria um recurso para se evitar bola alongada, que geralmente presenteia adversário como o América, que sabe sair de trás de forma organizada e cria situações de perigo através de passes produtivos e rápidos.
Aí, Allan Aal projetou que a bola fosse acelerada no ataque, mas neste domingo o meio de campo bugrino teve participação improdutiva e não se pode esperar transições com qualidade dos laterais Pacheco e Jefferson.
DAVÓ
Neste contexto, a situação do Guarani começou a ficar mais difícil porque sofreu gol logo aos 17 minutos do primeiro tempo, quando Adyson fez jogada pela direita, e no cruzamento a bola chegou ao atacante Dadó que, na finalização, ainda resvalou em Salustiano, minando as chances de defesa do goleiro Vladimir.
DALBERSON
Pra concluir, percebam que o goleiro Dalberson, do América, não foi obrigado a praticar uma defesa sequer digna de registro.
A suposta força ofensiva do Guarani foi reduzidíssima com a lesão de Airton, substituído por Marlon.
Ainda no Guarani, a entrada do centroavante Lohan, no lugar de Caio Dantas, sugeriu que pudesse ser aproveitado cabeceio, devido à elevada estatura.
Naquela ocasião, o Guarani insistia neste expediente, porém sem êxito.
E queda de rendimento e posse de bola do América, no segundo tempo, ficou por conta da demora do seu treinador Lisca em mexer no time.
Custou para observar que Davó, Elizari e Alê estavam se arrastando em campo.