Foi no Estacionamento Maratona, na Rua Costa Aguiar, área central de Campinas, que ‘pensadores’ do futebol travavam longas discussões sobre a matéria.
Pedro Antonio Chaib, o Peri, proprietário do estabelecimento, puxava aquelas resenhas em que aprendizes evitavam dar palpites atravessados, para que não fossem ‘tripudiados’.
Eu participei daquela roda em que ‘mumunhas’ da bola, malandragem de boleiros e estratégias táticas ganhavam relevância nas pautas do dia.
Logo, havia convergência nas discussões sobre o boleiro aprovável, assim como os tais ‘enganadores’, para desaviados.
Assim, o erro ficava por conta do boleiro ‘mais ou menos’, que oscilava muito. Admitia-se palpites errados sobre eles. Quanto aos outros citados, jamais.
EBERLIN
Aquela foi uma verdadeira escola para o atual presidente da Ponte Preta, Marco Eberlin, sem que o aluno captasse por inteiro aulas que dinheiro nenhum é capaz de pagar.
Hoje, aquele estacionamento foi transformado em mini shopping, com dezenas de lojas, que Peri preferiu fazer locação da área a um grupo empresarial de São Paulo.
DIRETOR DE FUTEBOL
É sabido que Peri comandou o futebol da Ponte Preta entre os anos 70 e 90 do século passado, quer da salinha de seu estacionamento, quer destinando algumas horas diárias de permanência no Estádio Moisés Lucarelli, o suficiente para a perfeita radiografia do cotidiano.
87 ANOS DE IDADE
Peri, que neste 12 de agosto completou 87 anos de idade, continua lúcido e ainda marca presença em jogos de seu clube.
Um tombo que atingiu o cóccix exigiu período relativo de recuperação. Outro, ao se deslocar de carro, também forçou mais uma etapa de recuperação.
Entretanto, quer presente ao Estádio Moisés Lucarelli, quer através da televisão, a devoção pela sua Ponte Preta continua inalterada.
GAZETA
Peri divide esse fanatismo’ com o clube amador Gazeta Esportiva, do qual foi um dos fundadores, com festa dos 74 anos de fundação no último dia oito de julho, na chácara do Tatão, um dos destacados atletas do passado.
Apesar da inatividade do clube no departamento de futebol, os seus antigos dirigentes decretaram a imortalidade da agremiação.
Como diretor de futebol da Ponte Preta, Peri participou dos vice-campeonatos paulistas de 1977 e 1979, assim como no acesso ao Paulistão na antiga Divisão Especial de 1969.
Na vida particular, além de comerciante, por relativo período também advogou.