Se o inimaginável torna-se imaginável no futebol, cabe-nos dar tempo ao tempo para se constatar até aonde a Ponte Preta pode chegar neste returno da Série B do Campeonato Brasileiro.
Por se tratar de um competição sem diferenciação técnica tão desproporcional e muito embolada, vai que de repente ela possa ‘engatar uma terceira marcha’ e se aproximar de vez dos postulantes ao acesso.
Todavia, qualquer análise, nua e crua, não reserva ilusão ao torcedor pontepretano, que ao início da competição já se dava por satisfeito com a hipótese de constatar o seu clube livre do risco de rebaixamento.
Embora o sistema defensivo tenha melhorado gradualmente, ainda são verificadas falhas evitáveis, como na construção da jogada que originou o gol do Coritiba, com desatenção do quarto-zagueiro Sérgio Raphael e lateral-esquerdo Gabriel Risso.
Tem sido recorrente bolas nas costas de laterais, sem a providencial cobertura dos incumbidos da atribuição.
SETOR OFENSIVO
A falta de regularidade do setor ofensivo, essencialmente nas partidas como visitante, é evidente. Nesta circunstância constata-se as linhas dos compartimentos mais espaçadas, porque o quarteto defensivo fica mais recuado.
Dos atacantes, Matheus Régis tem sido aquele que mais oscila. Seu reserva eventual, Iago Dias, estava destoando em quase todas jogadas na partida diante do Coritiba, salvo o lance do cruzamento que, no desdobramento, originou a conclusão com gol de Gabriel Novaes, do empate, em clara amostragem que ele já faz por merecer escalação na equipe.
Quanto ao também atacante Éverton Brito, só não se pode citar que andou sumido porque mostrou utilidade no trabalho de recomposição, para ajudar a fechar espaços no corredor e até por dentro.
JEH
Enquanto isso, mesmo se pautando por indefinições em um ou outro lance, claro está que o centroavante Jeh tem se desdobrado, principalmente nos jogos fora de casa quando fica isolado no ataque, na maioria das vezes, e mesmo assim ainda preocupa defensores adversários.
Embora o treinador Nelsinho Baptista tenha ajustado individual e coletivamente ‘peças’ do conjunto – comparativamente à era João Brigatti -, seria imaginar cobrança desproporcional a transformação de uma equipe reiteradamente criticada para plenamente ajustada.
Então, senhores, o que vier à Ponte Preta, na sequência da competição, considere-se como lucro.
A projeção racional de pontuação passa do quinto ao décimo colocado.