Na chegada à Ponte Preta, para substituir o treinador João Brigatti, o experiente Nelsinho Baptista fez questão de enfatizar dois aspectos: adotar treinos coletivos e requisitar o seu auxiliar direto Nenê Santana para ensaio tático da bola área.
Como já vinha acompanhando jogos da Série B do Brasileiro, e naturalmente aqueles da Ponte Preta, Nelsinho já havia observado deficiências de sua equipe no jogo aéreo defensivo, o que coincidentemente se confirmou logo na sua estréia, diante do CRB, quando o meia Gegê, 1,75m de altura, livre de marcação, anotou gol de cabeça para o clube alagoano, mas a vitória pontepretana foi por 4 a 2.
Não é preciso ter assistido treinos da Ponte Preta para constatar que o trabalho proposto para segurança defensiva do clube no jogo aéreo do adversário teve resposta aceitável.
Nas onze partidas subsequentes àquele gol de Gegê, a Ponte Preta só sofreu gol de cabeça através do zagueiro Luiz Otávio, do Mirassol, na vitória pontepretana por 4 a 2.
SIMPLICIDADE
Em situação semelhante ao ajuste feito por Nelsinho, incontáveis treinadores de décadas passadas se vangloriavam quando das vitórias, assim como transferiam responsabilidade a terceiros nos tropeços.
No pós-jogo, descaradamente usavam tom repugnante: ‘Eu ganhei, nós empatamos e eles perderam”.
JEH
A consciência que o jogo aéreo ofensivo da Ponte Preta resultaria em mais frutos, igualmente foi trabalhado por Nenê Santana, com ajuste de posicionamento do centroavante Jeh, aliado à impulsão e direcionamento no cabeceio.
Foi assim contra o CRB, se repetiu diante do Guarani – no tradicional dérbi campineiro – e outras duas vezes em confrontos cujos adversários foram Sport Recife e Avaí.
Se o Coritiba será a próxima vítima, apenas na tarde de domingo isso deverá ser conferido.