Na friorenta Campinas em noite de sexta-feira, após envio da coluna do dia às plataformas correspondentes, eis que o jornalista Élcio Paiola, diretor do FI, me envia a seguinte mensagem: ‘pra seu conhecimento, Pintado caiu agora a pouco no desorganizado Guarani’.
Aí pergunto: quem deveria também cair, caiu?
Por que o presidente André Marconatto e o homem forte do clube, Ricardo Moisés, continuam intactos?
Se é que ambos têm a mínima habilidade para negócios relativos ao futebol, pelo menos fizeram contratos sem multas rescisórias com os três últimos treinadores e respectivos auxiliares que passaram pelo Guarani, no período de cinco meses?
CONSELHEIROS
É competência do Conselho Deliberativo do clube cobrar as devidas explicações, pois além das contratações dos profissionais não prosperarem, para se refletir em números, considere o desperdício de dinheiro com rompimentos de contratos.
Claudinei Oliveira chegou ao clube no dia 12 de fevereiro e foi desligado em 28 de abril, com retrospecto de sete jogos, uma vitória, três empates e três derrotas.
Dois de março pisou no Estádio Brinco de Ouro Júnior Rocha, como sucessor, e após 38 dias e cinco derrotas foi mandado embora.
Trouxeram o executivo de futebol Toninho Cecílio e com ele o treinador Pintado, que chegou dia 19 de junho.
Aí, três empates e três derrotas refletiram na queda do treinador, e agora o cogitado para o cargo é Allan All.
ERRAR & ERRAR
E quem arca com isso, senhores conselheiros?
Oras, se consideraram que os treinadores não têm a devida competência, por que os contrataram?
Errar uma vez, vai. Errar duas, já cabe reflexão. Agora, errar três, nem se fala.
Erros maiores foram cometidos pelos senhores dirigentes bugrinos, que sequer têm aptidão para avaliar condições de jogadores contratados, e assim terceirizaram a responsabilidade.
Ora, se não são do ramo, por que se habilitaram a cargos de direção de um clube da importância do Guarani?
Não seria mais adequado assumirem a culpa, pedirem desculpa aos torcedores e entregarem a incumbência a quem possa tentar dar um Norte ao futebol do Guarani?
Se a cada dispensa de treinador os senhores publicam comunicado citando que ‘o clube agradece os serviços prestados e deseja sucesso na sequência da carreira’, o bugrino raiz igualmente deseja boa sorte aos senhores longe do Estádio Brinco de Ouro, à espera que a ‘nação bugrina’ unida enfrente o desafio de pelo menos tentar escapar o clube dessa enrascada.
PINTADO
Pintado pode ter errado aqui e acolá, sem que alguma tomada de decisão diferente fosse mudar o rumo das coisas, até porque não seria ele o milagreiro.
Logo, decidi poupá-lo de críticas mais duras, pois parafraseando o saudoso técnico Otto Glória, ‘sem ovos não se faz omelete’.