O inimaginável ocorreu na tarde deste domingo no Estádio Brinco de Ouro, na décima sexta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, com derrota do Guarani para o Goiás por 3 a 2.
Dos 114 minutos determinados pelo árbitro Artur Gomes Pacheco, considerando-se os devido acréscimos, o Goiás jogou 113 com um homem a menos, em decorrência da expulsão do atacante de beirada Rildo, após entrada violenta sobre o zagueiro Léo Santos.
Teoricamente, o Guarani deveria levar vantagem com o adversário reduzido a dez homens, mas o fato de ter dominado amplamente a partida, com posse de bola no campo ofensivo, não significou eficiência para administrar situações quando esteve em vantagem no placar.
Nos primeiros 30 minutos, com a natural pressão, quatro oportunidades foram criadas.
Primeiro quando o atacante João Victor chutou a bola em cima do goleiro Tadeu. Depois, em arremate fraco do também atacante Airton, que Tadeu defendeu com o pé. Chute previsível de Luan Dias facilitou outra defesa, até que aos 30 minutos saiu o gol.
Um erro de saída de bola de Natan Melo, do Goiás, resultou em arremate de Airton, rebote de Tadeu, ocasião que o atacante Caio Dantes finalizou com sucesso.
MATHEUS BUENO
Há situações em que jogador fica marcado por torcedores, e o caso em questão foi do volante Matheus Bueno, que ao perder a bola no campo defensivo do Guarani cometeu falta.
O apagado meia-atacante Thiago Galhardo, do Goiás, fez o levantamento de bola à área bugrina, para testada do meio-campista Nathan Melo, que explorou descuido de marcação e empatar em 1 a 1, aos 44 minutos.
Aí a torcida bugrina ‘pegou no pé’ de Bueno, que acabou substituído no intervalo, cedendo lugar para o centroavante Luccas Paraizo.
INTENSIDADE REDUZIDA
Como de praxe na competição, ao colocar intensidade durante o primeiro tempo, o reflexo passa a ser imediato após o intervalo.
Isso refletiu em menor movimentação de jogadores como Caio Dantas, Airton, João Victor e Luan Dias.
Logo, o fato de o Guarani rodar a bola de pé em pé, a procura de brecha para penetração, não surgiu efeito.
A rigor, de postura tática diferente em relação às partidas anteriores foi o treinador Pintado exigir obediência de seus jogadores para que evitassem os tais chuveirinhos, que geralmente possibilitam interceptação do compartimento defensivo adversário.
MATHEUS SALUSTIANO
Naquela ‘toada’, sem voltar a exigir defesas do goleiro Tadeu, do Goiás, a torcida bugrina já estava se impacientando quando, após cobrança de escanteio, aos 36 minutos, a equipe chegou ao segundo gol.
Bola rebatida se ofereceu ao zagueiro Matheus Salustiano que, livre de marcação, ajeitou-a e finalizou no canto esquerdo da meta do Goiás: 2 a 1, aos 36 minutos.
Natural se prever que o time visitante partiria para o ‘tudo ou nada’, em busca do empate.
Foi quando, em bola cruzada à área bugrina, o zagueiro Léo Santos foi flagrado ao tocá-la com o braço, em lance chamado pelo VAR, aos 44 minutos.
Aí, após revisão pela arbitragem e confirmação da falta dentro da área, o pênalti foi assinalado e convertido pelo centroavante Edu, com chute no centro da meta.
PAULO BAYA
Futebol tem coisas de complexa explicação.
De repente, de encolhido em seu campo defensivo, o Goiás atingiu a trave do Guarani em finalizações de Luís Henrique e Paulo Baya.
E não é que Baya, que havia substituído o inoperante Régis no intervalo, foi decisivo para a vitória de seu clube.
Aos 58 minutos, quando o Guarani foi inteiro à área do Goiás, uma bola rebatida se ofereceu para Paulo Baya puxar o contra-ataque em velocidade, sem que já cansados jogadores bugrinos conseguissem alcançá-lo.
Aí, cara a cara com o goleiro Douglas Borges, surgiu a finalização rasteira, em chute defensável, com falha do bugrino que determinou a surpreendente vitória do Goiás por 3 a 2.
PINTADO
Sobre acertos ou erros nas substituições feitas por Pintado, é preciso considerar as condições físicas daqueles que foram substituídos, pois não mantiveram o rendimento do primeiro tempo.
Tem-se que considerar que o elenco do Guarani é limitado e carece de verdadeiros reforços, até para trocas no transcorrer de partidas.
SITUAÇÃO PREOCUPANTE
A derrota para o Goiás deixou o Guarani em situação preocupante, pois ‘mina’ a esperança de recuperação da situação de lanterna desta Série B, com sete pontos e distante 11 da Chapecoense, o primeiro fora do Z4 da competição.
Assim, até o final do turno continuará, irremediavelmente, na zona da encrenca, mesmo que vença os seus três próximos jogos contra Amazonas e Ceará, como visitante, entremeados quando recepcionará o Brusque.