MEMÓRIAS DO FUTEBOL
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Pintado até tentou, enquanto o experiente Nelsinho ficou devendo no dérbi campineiro

  • 30/06/2024

A coluna Memórias do Futebol está atualizada com áudio sobre o ex-volante e ex-treinador Dudu, que morreu no último dia 28. Ele não foi craque, como alguns afirmam, mas teve uma carreira com eficiência no Palmeiras, nas décadas de 60 e 70 do século passado.

Para acessá-la, assim como colocar o seu comentário sobre o dérbi campineiro, clique no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/ .

TUDO IGUAL

Neste empate por 1 a 1 no dérbi campineiro, na noite deste domingo, a discussão vai bem além da simplista definição de que o Guarani foi melhor no primeiro tempo e houve registro de supremacia da Ponte Preta após o intervalo.

O treinador Pintado, do Guarani, criou clima de intensidade e transpiração para os seus jogadores, e isso foi colocado em prática com maior volume ofensivo de sua equipe durante aquele período.

Entretanto, tem-se que considerar que o gol bugrino foi fruto de tremendo descuido da Ponte Preta, que se atirou ao ataque, desguarnecendo por completo o setor defensivo, tanto que o volante Matheus Bueno acabou lançado nas costas do lateral Igor Inocêncio, novamente deslocado pelo lado esquerdo, e o complemento da jogada era certo, na saída do goleiro Pedro Rocha, independentemente do toque final do meia Luan Dias, aos 26 minutos.

MAPA DA MINA

Quando o ‘melão’ passou a rolar, faltou ao treinador Pintado a constatação que o ‘mapa da mina’ a ser explorado seria nas laterais da Ponte Preta.

Ora, além da instabilidade de Igor Inocêncio na marcação, improvisado novamente na lateral-esquerda, com ausência do titular Gabriel Risso, a improvisação do lento zagueiro Édson na lateral-direita recomendava a fixação do atacante bugrino Airton por ali, como caminho mais fácil para penetração na defensiva pontepretana.

De qualquer forma, Pintado transportou aos seus jogadores a cobrada confiança para construção do placar mais dilatado, para que pudesse ser administrado no segundo tempo, quando, pelo desgaste natural, haveria redução de intensidade.

JOÃO VICTOR

Não bastasse isso, a infantilidade do atacante João Victor com entrada maldosa sobre Igor Inocêncio, atingindo o calcanhar do adversário, colocou a perder a força do Guarani a partir dos 13 minutos do segundo tempo, pois o lance resultou no segundo cartão amarelo, e por extensão, o vermelho.

Isso fez o Guarani se encolher, oferecer espaços para que a Ponte Preta controlasse o jogo, porém sem a intensidade esperada pelo seu torcedor, como se o empate fosse resultado aceitável, mesmo atuando o restante da partida em vantagem numérica de jogadores.

ÉLVIS

Quero crer que o treinador Nelsinho Baptista não tenha se influenciado por clamores de torcedores e segmentos da mídia que consideravam como certo o retorno ao time do meia Élvis.

Aí dirão que o cruzamento na cobrança de escanteio para que o centroavante Jeh testasse e chegasse ao gol de empate, aos nove minutos do segundo tempo, teria saído de levantamento de bola através do meia.

Ora, Jeh subiu sozinho. O zagueiro Bacelar perdeu o tempo de bola e o pontepretano – que tem se sobressaído no cabeceio – testou de forma indefensável para o goleiro bugrino Vladimir.

Convenhamos que pela intensidade cobrada em um dérbi não há espaço para escalação de Élvis, cujo estilo se restringe a lances de bola parada e uma ou outra tentativa de lançamento

Se a Ponte Preta estava arrumada do meio de campo pra frente contra o Ceará, com recomposição do meia Dodô e dois atacantes de beirada – Iago Dias e Matheus Régis – pra que mudar?

Sim, alguns dirão que Matheus Régis pouco acrescentou após ter entrado aos 31 minutos do segundo tempo, no lugar de Iago Dias, mas isso ocorreu quando o Guarani estava plantado defensivamente, e só ameaçou em lance de contra-ataque puxado por Luccas Paraizo, com interceptação providencial de Lucas Bochecha, quando o jogador bugrino já engatilhava a finalização.

Foi desconsiderada a instabilidade do lateral-esquerdo bugrino Yuji, que poderia ter sido explorada com Régis em campo desde o início da partida.

BOCHECHA

A rigor, outro equívoco do experiente treinador Nelsinho foi detectar apenas aos 20 minutos do segundo tempo que a improvisação de Lucas Buchecha na lateral-direita seria mais vantajosa do que a escalação do desengonçado Édson por ali.

Assim, nas vezes que a Ponte Preta ameaçou a meta bugrina, méritos para individualidade de seus jogadores, como após o drible desconcertante de Jeh sobre o zagueiro Léo Santos, ocasião que o goleiro Vladimir praticou a defesa, e cabeçada do volante Castro.

PIOR PARA O GUARANI

Se pelo empenho e ter deixado impressão melhor do que partidas anteriores seriam ingredientes para acender a chama favoravelmente ao Guarani, visando recuperação nas partidas subsequentes desta Série B do Brasileiro, os números mostraram que continua na lanterna, agora com seis pontos, restando seis rodadas para complemento do turno.

E o seu próximo desafio será no domingo que vem, a partir das 18h30, quando vai receber o Sport Recife, que briga no pelotão de cima da competição.

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Comentário

  • julho 1, 2024
    Antonio Carlos

    Já disse e repito: há leite, mas se o técnico da ordenha não quer ordenhar… .

    A Ponte tem sim alguma urucubaca, pois os dois “direitos” machucaram, provocando a escolha equivocada do Edson. Até aí, uma escolha de última hora, ok.

    Mas já está provado que com Elvis ou Dodô e três atacantes o time vai, disse antes aqui: se entrar sem três atacantes, no segundo tempo se preciso coloca os três e, se for o caso, recua o Dodô na posição de um dos volantes.

    O inexplicável é que mesmo com um a mais, não fez isso, até o final com dois volantes.

    Há leite, mas se o técnico não quer ordenhar…

  • julho 1, 2024
    João da Teixeira

    Tem nêgo que vem aqui passar pano no “roto ou no rasgado”, não vendo que desse jeito não chega a lugar nenhum decente. Pô, vc está contente com que vê ou só se beneficia mesmo da diretoria atual pelas churrascadas regadas a cerveja pagas por eles…

  • julho 1, 2024
    marcio

    O vencedor (inegável) Nelsinho, foi o Nelsinho de sempre . Mais do mesmo.
    O elenco da Ponte é enfadonho, medonho mas faltou ousadia do treinador para tentar a vitória dada a superioridade numérica. Em campo o que vi foi total domínio do GFC no primeiro tempo. Saiu barato 1 a o para eles. No segundo tempo …tivemos jogo?

  • julho 1, 2024
    João da Teixeira

    Dudu fazia parte de uma engrenagem da poderosa Academia, formada por ele e mais 10, com Leão, Eurico, L. Pereira, Alfredo e Zeca, DUDU e Ademir, Edu, Leivinha, César e Ney, a torcida conhecia decor e salteado a escalação dos titulares de seu time. O time era formado e ficava por anos jogando junto. Na época era um volante de contenção de manual, onde sozinho dava conta da proteção de toda a cabeça de área, lógico que em um time onde todos tinham suas funções bem definidas. Os volantes hoje são diferentes, onde com o esquema tik-tak dos meias na frente da área, exige pelo menos 2 volantes na proteção, nesse esquema, o antigo volante só, não daria conta não…

  • julho 1, 2024
    Ric

    Deixando de lado a baboseira corneteira de alguns por aqui, a verdade é que o resultado foi MUITO pior para o GFC, pelas seguintes razões:
    – não venceu em casa mesmo com torcida única – provavelmente o maior jejum de vitórias da história bugrina, mesmo tendo 10.000 apoiadores com torcida única;
    – quem só ganha em casa não sobe, mas também não cai – o GFC não ganha nem dentro nem fora;
    – com 6 pontos, o GFC já está a praticamente TRÊS vitórias do primeiro time fora do Z4 – e a diferença só vai aumentar;
    – a Ponte pecou pelo excesso de cuidado, mas pelo menos somou algo fora.
    Em suma: Pintado já deve estar fazendo as malas, pois o Titanic está afundando.

  • julho 1, 2024
    Tony

    Ficou muito claro ontem que os 2 times brigam pra não cair. Escrevam – Pintado não aguenta 5 jogos mais

  • julho 1, 2024
    João da Teixeira

    Hoje tem outro derby, o clássico dos opostos. O jogo é no Allianz Park, se fosse na Ki-Micão aumentaria a chance Cúrinthiana, mas como o jogo é na casa do Parmitão, esse leva o favoritismo no jogo. Como um bom derby, sabemos lá se a Zebra, expulsa da Euro, vem pra cá essa noite…

  • julho 1, 2024
    Léo/PR

    Ari vou repetir mais uma vez, o Guarani vai ser rebaixado matematicamente no primeiro turno, esse time não tem condições de ganhar de ninguém, a Ponte mesmo sendo um time muito ruim deixou de ganhar o jogo por medo, o Guarani é o lanterna com todos os méritos, parabéns a essa diretoria amadora.

  • julho 1, 2024
    Carlos Agostinis

    Esse tá merda xita é horroroso, não conseguiu ganhar um jogo fácil , já deveria estar lá junto com a gente na zona do inferno , quanto ao bugre , ja caiu .

  • julho 1, 2024
    João da Teixeira

    O 2°tempo mostrou que ficou a dúvida, quem é mesmo o remendado e quem é o esfarrapado, não tivemos a tal certeza. Qto aos técnicos, são 2 “pés frio em derby”, se nunca ganharam um, continuam sem ganhar. Pobreza técnica e de desafio, foram 2 cagões em campo, um com medo do outro. O bugre terá outra chance no próximo domingo contra o, em crise, Sport Recife. Se o Ituano, vice lanterna, já ganhou desse imprestável, que dirá o lanterna. E a Ponte tem pela frente outro jogo, com possível baixo desempenho, afinal o jogo é fora de casa contra outro desesperado, o Brusque. Ontem o Nelsinho reeditou o Nelsonho e quase criou o Nelpesadelo…

  • julho 1, 2024
    Barba

    O GFC já caiu. E a Ponte preta vai atrás com esse elenco horroroso?

  • julho 1, 2024
    Barba

    De repente Luís Felipe, Ramon Carvalho, Gabriel Risso e Dudu Vieira ficaram ” doentes”. Entrar com o imprestável Edson na lateral?!!? Nelsinho Batista já entrou na vibe do Eberlim e sua trupe ( leia-se Nene Santana). Falta da vontade de ganhar. Era só o lanterninha e pior time do campeonato .

  • junho 30, 2024
    Barba

    Está muito claro que Nelsinho Batista foi contratado apenas pra não deixar a Ponte preta cair. Quanta falta de ganância, falta de vontade de ganhar. Com 1 jogador a mais por quase 40 minutos, não teve coragem de tirar 1 volante. Tirou 1 atacante pra entrar com o ” ameba” Matheus Regis.

  • junho 30, 2024
    Antônio

    Agora – Nelsinho Batista já entrou na vibe do auxiliar derruba técnico Nenê Santana. Não é possível entrar com Edson de lateral direito. E pior, entrar com um lateral direito horrível jogando do outro lado. Tem coisas que nem o Freud explica.

  • junho 30, 2024
    Antônio

    Falei aqui. São 2 técnicos perdedores de dérbi. Deu a lógica – ninguém mereceu ganhar.

  • junho 30, 2024
    Luiz Otto Heimpel

    Um time que esta em ultimo lugar , com um elenco muito mal montado coloca 10.000 torcedores no estádio ( num domingo a noite) merece um time muito melhor e uma diretoria que entenda de futebol. Quanto ao jogo , muita transpiração e pouquíssima inspiração . O time do Bugre é fraquíssimo mas o da Ponte também é.

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    Pois é Ari, o bugre na frente, à disputa é pra ver quem realmente é o remendado e quem é o esfarrapado. Me parece que um saiu na frente, o lanterna, que agora já não é mais o lanterna com a vitória parcial, deixou para o Ituano a rabeira. Vem aí o 2° tempo, vamos ver quem é o remendado e o esfarrapado por fim…

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