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São histórias & histórias de um nervoso dérbi

  • 29/06/2024

Evidente que em se tratando de dérbi campineiro não cabe postagem única.

Sobre bola rolando e alternativas dos treinadores Nelsinho Baptista e Pintado, isso já foi enfatizado neste espaço ao longo da semana.

Mais ainda cabe breve recapitulação, e com repetição dos devidos argumentos abordados.

Tudo isso está concentrado no áudio localizado no alto da página, no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/, acentuando os reais motivos que indicam ganho ao time pontepretano se o treinador Nelsinho Baptista não mexer uma palha do meio de campo pra frente.

Como assim? Élvis como opção de banco?

Exatamente isso que tenho defendido, com convicção, assim como havia traçado uma alternativa ao Guarani caso se confirmasse a escalação do lateral-direito Heitor.

O áudio está no local indicado.

FOLCLÓRICOS

Guarani e Ponte Preta já tiveram os seus torcedores folclóricos em evidência.

Provavelmente alguns sobrevivem até hoje, mas discretamente.

Na Ponte Preta, nada se compara aos saudosos Zé do Pito e Maria Conceição Rodrigues.

Um torcedor que ousou programar caravana de pontepretanos em carroceria de caminhão, para Bragança Paulista, teria que entrar na história do folclorismo, como ocorreu com Zé do Pito.

Conceição fazia um ‘barulho’ danado por causa da Ponte Preta.

Duvida? Quem ousaria viajar em porta-malas de um veículo Opala para Bauru, a fim de ver o seu clube jogar contra o Noroeste?

BOZÓ

Alguém, por acaso, teria visto o saudoso torcedor bugrino Bozó perambular por qualquer canto de Campinas sem a camisa do Guarani?

Era uma ‘febre’.

Tão fanática quanto Conceição foi dona Tereza Orsi Gozzi, que acompanhou o clube desde a sua fundação, no Jardim Carlos Gomes.

E, enquanto lúcida, ‘brigava’ em defesa dos interesses de seu clube.

Ainda no período do antigo Pastinho foi considerada torcedora símbolo do Guarani. Ela morreu em 1995, aos 103 anos de idade.

Liberato Mores, o ‘Beiçola’, levou o primeiro grupo de batuqueiros, que se tem conhecimento, ao Estádio Brinco de Ouro. Como presidia a Escola de Samba Estrela Dalva, da Vila Costa e Silva, foi fácil reunir os acompanhantes.

E Toninho ‘pai de santo’, que abusava de baforadas com charutos em gols do estádio, procurava justificá-las para atrair fluídos positivos ao seu clube nos jogos em casa.

RENATO SILVA

No rádio campineiro do passado, profissionais declaravam abertamente as respectivas preferências por clubes.

Foi assim que o saudoso repórter Renato Silva, pontepretano confesso, caiu em desgraça com a torcida bugrina.

Isso provocou revolta no repórter que havia decidido não mais trabalhar em jogos no Estádio Brinco de Ouro.

E não é que, de surpresa, num dérbi de décadas passadas, ele reapareceu no campo do Guarani com um terno impecável, em pleno domingo de muito calor!

IRMÃOS RIVAIS

Famílias divididas com racha de preferência pelos clubes de Campinas é coisa rara, mas ainda acontece.

No passado, esta divisão era transportada até para as diretorias.

Na década de 70, enquanto Leonel Martins de Oliveira presidia o Guarani, o seu irmão Armando Martins de Oliveira foi diretor de futebol da Ponte Preta.

Anos 80, os saudosos irmãos Armando Mendonça e Álvaro Mendonça foram vices-presidentes de Ponte Preta e Guarani, respectivamente, com expediente em seus clubes no período da tarde.

Pela manhã, recebiam clientes na Imobiliária Mendonça, situada na Avenida Francisco Glicério.

Foi o período em que o saudoso Edson Ággio chegou à presidência da Ponte Preta, enquanto o seu irmão Ékner Ággio, fumante inveterado, ocupava cargo na diretoria do Guarani.

FORMIGA

Pontepretano da velha guarda lembra do então peixeiro Formiga, que acordava de madrugada para levar os seus produtos às feiras da cidade, mas, como diretor sem pasta da Ponte Preta, era visto frequentemente no Estádio Moisés Lucarelli com mangas arregaçadas para qualquer obra.

Seu irmão Tato era presença obrigatória na porta do vestiário do Guarani, em dias de jogos, coordenando quem deveria ter acesso ao local, além dos credenciados da imprensa.

E quanto uma mulher repórter implorou para fazer entrevistas com jogadores e técnico, ele insistiu em deixá-la do lado de fora, com a justificativa que não poderia ver jogador pelado.

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Comentário

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    A zebra quer porque quer pastar nos gramados alemães na Eurocopa. Tentou no jogo da Inglaterra x Eslováquia, mas não conseguiu, foi expulsa no último minuto dos acréscimos do jogo. Agora no jogo da Espanha x Geórgia, a zebra consegue de novo iniciar o pastoreio, mas vamos ver até onde a Geórgia consegue isso, 0x1…

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    Agostinis, vc fala da boca pra fora, “…, ainda hoje vai ser fácil a vitória da ponte, o guarani não tem time e nem condições de aguentar o jogo.”, por dentro ainda queima a esperança de dar tudo certo para o bugre nesse jogo, como isso poderá acontecer mesmo, afinal é o atual clássico do esfarrapado x remendado…

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    O citado aqui José Bertazolli, o Zé do Pito tbem era carnavalesco da Acadêmicos do Ubirajara, junto com o Cilinho e o Peri, futebol e samba se misturavam, eram miscíveis em seus meios…

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    O que eu não vi ninguém dizer aqui, é que Cilinho era sambista carnavalesco, técnico de futebol era um hobby. Assim como o Carnielli é empresário e pescador, não dirigente de time de futebol…

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    Mabília, o Dicá, considerado o maior jogador da Ponte de todos os tempos, chegou a ser homenageado na avenida nos anos 80 pela Império do Samba. Era a escola do Juquinha, pai do Bozó, torcedor símbolo do Guarani. Pra a vc ver que Escola de Samba e futebol não deveriam misturar, mas depois que foram criadas a Gaviões e Mancha, virou uma brigaiada só, nada a ver…

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    Ô Mabília, Cilinho era da Escola de Samba Acadêmicos do Ubirajara e não da Estrela D’Alva. Por sinal a Acadêmicos do Ubirajara era ‘hor concour’ entre as agremiações carnavalescas da cidade de Campinas em sua época. Precisava ter ido mais no Cangaceiro…

  • junho 30, 2024
    Carlos Agostinis

    Com apogeu , sem apogeu , a freguesia ainda vai continuar , de 1916 até hoje , vocês correm atrás da gente , hoje vai ser fácil a vitória da ponte , o guarani não tem time e nem condições de aguentar o jogo . Infelizmente já estamos na série C do ano que vem . Mas uma vez bugrino , sempre bugrino, nunca misto igual vocês aí que se intitulam mas na verdade não são de um so time .

  • junho 30, 2024
    Mabilia

    Um detalhe importante em toda essa história: o Cilinho treinador era diretor da Escola Estrela Dalva, sempre foi Ponte

  • junho 30, 2024
    Antônio

    Pelo andar da carruagem, os dois técnicos nunca ganharam dérbi e pela chuvinha – empate.

  • junho 30, 2024
    Antônio

    Dérbi morno. Já foi muito legal e animado assistir só dérbi no campo do adversário. Mesmo em grandes capitais do país ainda tem dérbis com torcidas divididas. Mas Campinas não tem uma polícia a altura de sua tradição. Isso requer planejamento e vontade. Mas é uma pena. É mais fácil dizer não.

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    …mas tudo isso posto, não quero dizer que o derby está ganho pela Ponte, muitas águas vão rolar pra dizer que o derby é nosso e muito menos o bugre querer dizer que o derby “está no seu papo”, pelo histórico dos derby. Desculpe aí bugrinos, pela gíria “estar no papo”, mas afinal, quem tem papo mesmo?

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    No famoso apogeu bugrino, de 1970 a 1984, se não me engano, os derbys foram assim distribuídos: 3 vitórias bugrinas, 16 empates é 13 vitórias da Ponte, que apogeu bugrino foi esse? Esse apogeu em derby foi pra suas nêgas, mas não para a Nêga Véia…

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    Em compensação, a Ponte tinha tanto torcedores folclóricos que fica até injusto citar somente alguns, como o Ari citou. Antes de Conceição tinha Don’Ana e tantos outros.

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    Vc citou o Beiçola, sambista da Escola de Samba Estrela Dalva, junto com Bozó, mas não citou que o pai de Bozó era o Mestre Juquinha, tbem sambista da Escola de Samba Império do Samba. Por sinal o seu filho, cujo apelido era Bozó, que veio do personagem de Chico Anysio, do seu programa humorístico Chico City, um gago e dentuço torcedor de futebol, com quem o Bozó bugrino era meio parecido. Sempre animado, o Bozó menos famoso comandava os torcedores bugrinos nos seus jogos. Viu o clube, depois do apogeu dos anos 1970/80, mergulhar em crise permanente e até profunda, aí o seu coração não aguentou e infartou de vez há uns 7 anos atrás. Pra mim Bozó foi o mais famoso torcedor bugrino.

  • junho 30, 2024
    João da Teixeira

    Tem um tabú nesse derby. Ambos os treinadores nunca ganharam esse clássico e portanto um tabú criado. Ambos foram técnicos da Ponte em derby, por isso o Pintado poderá esquentar o seu pé frio como técnico do bugre se ganhando, mas o Nelsinho quebraria o Tabú ganhando e ainda como técnico da Ponte. Enfim, histórias & histórias…

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