Se no jornalismo de desinformados veículos de comunicação fica fora da pauta a morte do zagueiro Amaral; se a ‘companheirada’ continua com antigo conceito de avaliar o pré-jogo considerando sempre leve favoritismo ao mandante, como se fatores campo e torcida ainda tivessem o peso de outrora; se patrões de comunicadores adeptos de ideologia política avisam aos subalternos que prevalece a regra de ‘manda quem pode e obedece quem tem juízo’, provavelmente estejamos, mesmo, vivendo o ‘Apocalipse’.
NELSINHO
Por hábito, evito avaliações do pré-jogo sem a devida conceituação dos dois lados da moeda.
Todavia, embora tenha avaliação apenas superficial sobre o atual CRB, em se tratando da estreia do treinador Nelsinho Baptista no comando da Ponte Preta, na tarde deste domingo, quebro a regra e acompanho aqueles que palpitam sobre este pré-jogo.
O risco de a Ponte Preta embarcar no Z4 desta Série B do Brasileiro, em caso de derrota e combinações de outros resultados, obriga que se estruture à vitória.
Evidente que para construí-la a estratégia então adotada pelo ex-treinador João Brigatti precisa ser alterada.
Nas laterais, equivocadamente ele escalava Igor Inocêncio e Gabriel Risso, sem que a equipe tivesse construções de jogadas quando avançavam.
Logo, como Nelsinho Baptista avisou que tem acompanhado a Série B, espera-se por trocas nos respectivos setores, deslocando o volante Dudu Vieira à lateral-direita e a entrada de Zé Mário, na esquerda.
Se assim agir, em última análise pode-se prever algum ganho pelos corredores.
TRÊS ATACANTES
O recomendável seria a Ponte Preta tentar ‘incendiar’ a defesa do time alagoano com três atacantes.
Caso haja a possibilidade de começar com o centroavante Jeh, nem deveria haver dúvida.
Como Gabriel Novaes sabe fazer a diagonal, a partir do lado esquerdo, é recomendável que desempenhe a função, porém com liberdade para também flutuar.
Um driblador insinuante como Matheus Régis, que preocupa defensivas adversárias, deve ser privilegiado como terceiro atacante.
ÉLVIS
Logo, difícil imaginar equilíbrio dos compartimentos do time pontepretano com três atacantes e o meia Élvis, entre eles.
Nesta projeção, haveria sobrecarga para dois volantes, mesmo com atribuição para atacantes de beiradas na recomposição.
Problema que é difícil qualquer treinador adotar a iniciativa de prescindir de Élvis, com argumento que pode ajudar a decidir partida para a sua equipe, num lançamento.
A capacidade dele para bater na bola é indiscutível, mas no futebol competitivo exige-se condicionamento físico para que se aplique drible e tenha capacidade de conduzir a bola, o que não é o caso de Élvis.
Também em jogada de ataque, ele não consegue tabelar com companheiros, através de toques rápidos e objetivos, assim como desarmar jogadas de vez em quando, na recomposição.
TRÊS VOLANTES
Logo, a recomendável escalação com três atacantes implica na busca de policiamento na cabeça da área com três volantes, e nesta linha de raciocínio caberia a opção de banco para Élvis.
O fortalecimento de marcação no meio de campo da Ponte Preta, teoricamente pode impedir que o CRB tenha liberdade para trabalhar a bola, principalmente através do capacitado volante Falcão.
Enfim, como Nelsinho Baptista já começou a viver o dia a dia da Ponte Preta, de certo tenha discernimento da melhor alternativa a ser colocada em prática.