Este 25 de maio marca o septuagésimo aniversário do ex-centroavante Jorge Campos, goleador aplaudido por torcedores do Bahia, Vitória, Atlético Mineiro, Ponte Preta e Sport Recife.
Por vezes a vida é cruel com as pessoas. Os 70 anos de idade de Jorge Campos é marcado em leito domiciliar, cuidado por pessoas devido à doença de Parkinson, após internações no Hospital Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (BA), também por problemas no fígado.
Não confundam com o goleiro mexicano Jorge Campos, que contrariou a lógica de estatura elevada para quem atua na posição, pois com 1,68m de altura integrou o selecionado de seu país em 130 jogos, com participações nas Copas do Mundo de 1994 e 98.
PONTE PRETA
Por duas vezes o baiano de Itabuna Jorge Alberto Miranda Campos passou pela Ponte Preta.
Inicialmente chegou em época que a posição foi marcada por renomados jogadores, como o polêmico Rui Rei em 1977, sucedido pelo folclórico Dadá Maravilha, na temporada seguinte.
Em época que sequer cogitava-se ‘janela’ para contratações de jogadores, Jorge Campos chegou à Ponte Preta em dezembro de 1978, quando o Paulistão atravessava até os primeiros meses do ano seguinte.
Assim, estreou no dia 17 daquele mês, no empate por 1 a 1 com o São Paulo, em Campinas, num time treinado pelo saudoso Paulo Leão e formado por Carlos Ganso; Jair Picerni, Oscar, Polozi e Toninho Oliveira; Wanderlei, Marco Aurélio e Lola; Lúcio (Afrânio), Jorge Campos e Tuta.
GOLS E LESÃO
Com a paralisação daquele Paulistão para férias regulares dos jogadores, Jorge Campos marcou o primeiro gol pela Ponte Preta em sua segunda partida, na vitória por 3 a 1 sobre a Francana, dia 28 de janeiro de 1979, em Campinas.
E quanto engatava sequência de gols, em jogos contra XV de Piracicaba e Botafogo de Ribeirão Preto, sofreu lesão que o afastou da equipe por relativo período. Aí, na volta, viu a posição ser entregue ao então garoto Osvaldo, promessa da base, que atuava em sua posição.
Na reserva, o jeito foi entrar em campo no transcorrer de segundo tempo dos jogos em quaisquer das posições do ataque, com passagem que se estendeu apenas até o final de maio daquela temporada.
VOLTA EM 1981
A carreira de Jorge Campos foi marcada por vaivém em clubes como Sport Recife e Ponte Preta.
Se no clube pernambucano esteve em 1980 e voltou três anos depois, na Ponte Preta retornou em 1981, sem que se firmasse como titular, devido ao desempenho satisfatório de Osvaldo, além das primeiras chances dadas ao então garoto Chicão, formado na base.
Na volta à Ponte Preta, o goleiro Robson passou a ter as primeiras oportunidades. A defesa já estava bem modificada: Edson Abobrão, Rudney, Nenê Santana e Odirley.
O meio de campo contava com Zé Mário, Osvaldo e Lola (Celsinho), com o novo trio ofensivo montado com Serginho, Jorge Campos e Abel.
Todavia, Jair Picerni, que havia assumido o comando da equipe principal, optou pela recolocação de Osvaldo como centroavante e Jorge Campos foi perdendo espaço.
Nem de longe lembrava aquele goleador nas passagens por Bahia e Atlético Mineiro.