Derrota normal do Guarani na capital paranaense para o Coritiba por 1 a 0, na noite desta terça-feira, na sequência do Brasileiro da Série B.
Normal porque, embora tenha mostrado melhora de rendimento em relação às últimas partidas, a equipe ainda carece de encaixe de peças.
O meia Chay, enquanto esteve em campo, teve atuação nula. Se o atacante Reinaldo só mostrou voluntariedade na recomposição, por que o desperdício de deixar Marlon na reserva, sendo que deu mais intensidade ao setor, a partir dos 20 minutos do segundo tempo.
Sem que fosse devidamente abastecido, o centroavante Luccas Paraizo esteve apagado.
De positivo, a disposição física do lateral-direito Heitor ao arrancar para o ataque. Atuação aceitável do volante Camacho. Bom comportamento dos zagueiros Douglas Bacelar e Lucas Adell, e altos e baixos do atacante João Victor.
Diferentemente de outras partidas, o time bugrino já erra menos passes e sabiamente picota o jogo com frequentes faltas.
LUCAS RONIER
De certo o treinador Júnior Rocha, do Guarani, recomendou ao seu lateral-esquerdo Jefferson todo cuidado na marcação ao atacante de beirada Lucas Ronier, do Coritiba.
E daí? Adiantou?
Dos três lances mais agudos do clube mandante durante o primeiro tempo, dois deles tiveram conclusão de Ronier.
Se no primeiro, aos 16 minutos, o complemento de cabeça – com bola resvalando no ombro – atingiu o poste direito do goleiro Vladimir, do Guarani, no segundo lance, dois minutos depois, saiu o gol.
Ronier recebeu cruzamento da esquerda, dominou a bola como quis, ajeitou e finalizou de pé esquerdo, no canto alto direito do goleiro bugrino.
Na outra investida ofensiva do Coritiba, registra-se chute do atacante Wesley Pomba, que exigiu rebote do goleiro Vladimir.
Já o Guarani assustou num bom arremate de seu atacante João Victor, com nível de dificuldade para defesa do goleiro Pedro Morisco.
CORITIBA DESACELERA
Se houve predominância do Coritiba até chegar ao seu gol, em seguida ocorreu a desaceleração até o restante do primeiro tempo.
Pior ainda após o intervalo, quando o time praticamente desapareceu em campo.
E isso se deve a vários erros de estratégias de seu treinador interino James Freitas.
Faltou-lhe percepção que o seu lateral Natanael – sabe-se lá por quais razões – não apoiou o ataque como de costume -, e com isso deixou de servir Ronier, o mesmo ocorrendo com o meia Matheus Frizzo, que ficou devendo melhor atuação.
Oras, se o lateral-esquerdo Rodrigo Gelato levava a bola ao ataque, bastava ter invertido Ronier de lado para que, em última análise, o time prendesse um pouco a bola no campo ofensivo, principalmente porque ficavam lacunas com frequentes incursões ao ataque do lateral bugrino Heitor.
ATÉ A VANTAGEM
O Coritiba propôs o jogo até atingir a vantagem no placar, ocasião que sabiamente o Guarani procurou se resguardar e tentar chegar organizado ao ataque.
Problema é que mais uma vez contou com atuação sofrível de seu meia Chay e, dos atacantes, apenas João Victor mostrou alguns lances de lucidez, ao ser bem abastecido pelas incursões do lateral-direito Heitor.
Apesar dos pesares, o Guarani ainda teve a chance de chegar ao empate em finalização rasteira, no canto esquerdo, do volante Kayque, aos 43 minutos do segundo tempo, com defesa de Morisco.
No frigir dos ovos, e pelo andar da carruagem, observa-se que alguma coisa já foi adicionada ao elenco bugrino.
Logo, é de se esperar que o treinador Rocha Júnior consiga extrair mais dos jogadores e, consequentemente, colocar o clube em situação sem risco na competição.