A obrigação de registro sobre aquilo que ocorreu com o Guarani, para sofrer goleada do Santos por 4 a 1, na Vila Belmiro, na noite de segunda-feira, me deixou acordado, madrugada adentro, para ver o teipe do jogo.
Pera aí: 4 a 1?
Não fosse a interferência do árbitro pernambucano Paulo Belence Alves dos Prazeres Filho, a goleada seria por 5 a 0.
GIL E CAIO DANTAS
Impedimento no lance do gol do zagueiro Gil, juizão?
Gil não foi lançado no início da jogada, quando houve intercepção defeituosa do zagueiro bugrino Lucas Adell.
Aí, na continuidade da jogada, quando lançado, o zagueiro estava em posição legal, marcou belo gol indevidamente anulado.
Pênalti sobre o centroavante Caio Dantas, juizão?
Que simulação! Disputa normal de bola com o volante Pituca, do Santos, mas, como o pênalti foi marcado, o Guarani chegou ao seu gol de honra, e Dantas está se caracterizando como quem quer cavar pênalti.
TRAVESSÃO
Se o Santos levava a partida em ‘banho maria’ até chegar ao gol de Guilherme, verdade é que antes disso correu até risco de ser surpreendido com aquele chute forte do meia Luan Dias, que ‘carimbou’ o travessão.
Por que o Guarani foi goleado?
A diferença entre competidores não se restringe ao aspecto técnico.
Enquanto o Santos teve mais atitude para ganhar bolas divididas, compactação de suas linhas e reduzido erros de passes, a boleirada do Guarani chegava sempre atrasada nas disputas, oferecia liberdade para que o adversário se movimentasse, e mostrava erros individuais comprometedores em lances fatais.
DOUGLAS BORGES E DIOGO MATEUS
Claro que deve ser atribuída culpa ao goleiro Douglas Borges, do Guarani, no primeiro e terceiro gol.
O chute rasteiro e cruzado do atacante Guilherme, no canto esquerdo, na abertura da contagem, era defensável.
Sim, mas onde estava o lateral-direito Diogo Mateus na jogada pelo seu setor?
Marcando a própria sobra?
Aquela bomba de canhota do volante Pituca, do ‘meio da rua’, era indefensável.
Coloque culpa na ‘volantaiada’ que deu liberdade para o santista ajeitar a bola, olhar o canto que a bola seria direcionada e gol.
Agora, no terceiro gol do Santos, que bola defensável rebateu Douglas Borges, em finalização de Pituca!
Aí, Morelos, livre de marcação, aproveitou a sobra e marcou o terceiro gol santista.
Livre porque Diogo Mateus mais uma vez marcava à distância, em jogada pelo seu setor.
O quarto gol foi decorrente de jogada pelo lado esquerdo e falha de zagueiros no interior da área. Na ocasião, Giuliano recebeu o passe e, sem marcação, só empurrou a bola para as redes.
CORREÇÕES
Se é que o treinador Júnior Rocha precisava constatar, na prática, que o elenco sobre o seu comando não tem nada de sensacional, como disse na chegada, então mãos à obra para as devidas correções.
Para minimamente ajustar a defensiva, precisa melhorar o cinturão de marcação na cabeça da área e rever a lateral-direita.
O que o time tem ganhado com a manutenção de Airton no ataque?
Nas raras vezes que se desvencilha de adversários, finaliza muito mal.
E Caio Dantas jogar apenas com o ‘nome’ não vira.
Trocado em miúdos, Júnior Rocha tem uma ‘batata quente’ nas mãos.