Que noite! Que coisa, hein torcedor bugrino!
Uma sexta-feira que aconteceu de tudo nesta derrota do Guarani para a Chapecoense por 1 a 0, em pleno Estádio Brinco de Ouro.
Foi um jogo em que o árbitro de Tocantins, Marcos Souza, fez questão de se transformar no personagem central com duas decisões questionadíssimas.
Aos cinco minutos do primeiro tempo, entrou na conversa dos homens que controlam o VAR, para análise de um lance faltoso do lateral-direito JP Galvão, do time catarinense, sobre o lateral-esquerdo Jefferson, do Guarani,
Se no choque natural entre os atletas, o cotovelo de Galvão chegou a atingir o bugrino, considere que seria lance típico para cartão amarelo, pois claramente não foi intencional, e sim disputa de bola.
O juizão começou a estragar a partida ao expulsar o jogador catarinense, e naturalmente se esperava a sequência de ataque contra defesa, com o Guarani procurando explorar a vantagem de o adversário contar com um homem a menos.
O confuso árbitro de Tocantins chegou a marcar pênalti visivelmente cavado pelo centroavante bugrino Caio Dantas, simulando que teria sofrido falta do zagueiro Bruno Leonardo, aos 23 minutos.
Aí, providencialmente o VAR o chamou para corrigir a decisão, e tudo voltou à estaca zero.
GOL DA CHAPE
Se a Chapecoense raramente passava do meio de campo, a zaga do Guarani, mais especificamente Rayan, falhou na única oportunidade criada pelo visitante durante a partida, aos 29 minutos.
Em cobrança de falta e bola alçada no segundo pau, Rayan perdeu a disputa para o zagueiro Bruno Leonardo, da Chapecoense, que acertou testada certeira, no canto baixo direito do goleiro Douglas Borges: Chapecoense 1 a 0.
Antes do retorno sobre o enredo da partida, mais uma do juizão Marcos Sousa: anulou gol supostamente legítimo do Guarani, aos 49 minutos do segundo tempo, quando Gustavo França ajeitou a bola de fora da área e, no chute, houve desvio do zagueiro Abraão, da Chapecoense, mas outras vez, por intervenção do VAR, acusaram que Caio Dantes estaria adiantado e, durante o arremate teria interferido para defesa de Cavichioli, mesmo com o atacante bugrino não tendo participação ativa no lance.
Portanto, dois erros capitais do juizão, e sem que tire razão do torcedor bugrino quando, nos minutos finais de partida, chamou o seu time de ‘sem vergonha’, assim como perdeu a paciência com o treinador Claudinei Oliveira, com gritos para que seja demitido.
ESTATURA
Neste espaço fui repetitivo quando questionei a montagem do setor ofensivo do Guarani sem dispor de jogadores de estatura para aproveitamento no jogo aéreo.
E ‘calhou’ de o Guarani enfrentar um adversário totalmente recuado, pelas circunstâncias da partida, e que abusasse de bolas alçadas.
Alguém teria que avisar aos jogadores bugrinos que os zagueiros grandalhões Bruno Leonardo e Eduardo Domar deixariam o gramado de cabeça inchada de tanto rebaterem bolas pelo alto, que presumivelmente ganhariam.
FORA DA ÁREA
E sem capacidade de penetração diante de um forte esquema de marcação, o Guarani rodou a bola de forma infrutífera e foram registradas pelo menos quatro finalizações de fora da área, além do lance do gol anulado.
Primeiro, no chute do volante Camacho, a bola explodiu no travessão.
Depois, ainda no primeiro tempo, defesas do goleiro Cavichioli, com relevância à finalização do lateral Diogo Mateus, pois a bola foi desviada em um defensor adversário, com mudança de trajetória.
O chute forte de Jefferson foi em direção do goleiro, que apenas espalmou, assim como o de Marlon, no segundo tempo.
CLAUDINEI OLIVEIRA
Cadê a vantagem de o Guarani enfrentar um adversário com um homem a menos a partir dos cinco minutos?
Ora, se a Chapecoense abdicou de atacar, por que o treinador do Guarani manteve dois zagueiros?
Cadê jogadas trabalhadas com toques de bola rápidos e envolventes sobre marcadores?
Como admitir atletas bugrinos alçarem bola insistentemente à área adversária, se o Departamento de Futebol do clube cometeu erro de conceito ao contratar atacantes apenas de média estatura?
CHAPE SOFRÍVEL
Também não cabem elogios pela Chapecoense ter suportado a pressão do Guarani e levado três pontos a Santa Catarina.
Ora, os seus jogadores se desfizeram da bola de qualquer maneira, presenteando seguidamente a equipe bugrina.
Esse comportamento, contra adversários mais ajustados que o Guarani, certamente resultaria em tropeço.
Incrível como em várias ocasiões a equipe tinha condições de valorizar a saída de bola, mas os atletas optaram pelo chutão para o lado em que o nariz estivesse virado.