Há um dito popular com citação que ‘o apressado come cru’. Logo, por mais recomendáveis que fossem vários jogadores contratados pela Ponte Preta, o encaixe das peças e aprimoramento do conjunto são situações que demandam relativo período.
Diante da circunstância e contra um adversário com pretensão de brigar pelo acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, nada de anormal este empate com o Coritiba por 1 a 1, na largada da competição, na noite deste domingo, em Campinas.
Mesmo com a vantagem no placar durante o primeiro tempo, com gol do zagueiro Joílson logo aos 13 minutos, a Ponte Preta possibilitou que o Coritiba tivesse maior posse de bola durante aquele período.
Duas coisas ficaram claras e faltou maior observação de seu treinador João Brigatti: se o formato com três volantes deu mais consistência ao cinturão de marcação à frente da zaga, qual a utilidade para o time pontepretano com o meia Élvis andando em campo literalmente, devido à precária condição física?
Ora, Brigatti deveria tê-lo substituído ainda no intervalo e optado pela entrada do também meia Dodô, que estava no banco de reservas.
Como a Ponte Preta não tinha saída de bola pelos lados do campo, abusava de forma infrutífera de esticá-la ao ataque, devolvendo-a ao adversário, para reinício de jogadas.
Logo, um meia de mais mobilidade poderia criar alternativas com os laterais nas tais saídas de bola, e assim o setor ofensivo poderia ser abastecido com mais qualidade.
Ainda durante o primeiro tempo, quando o atacante de beirada Matheus Régis estava mais inteiro no jogo, a Ponte tentou concentrar a maioria de jogadas pelo setor dele, no lado esquerdo.
GOL DA PONTE
O gol da Ponte Preta foi fruto de bola cruzada por Matheus Régis, com desdobramento de bate e rebate na área do Coritiba, até finalização do zagueiro Joílson.
A rigor, foi a única oportunidade criada e convertida pelo time pontepretano naquele período, enquanto o Coritiba, mesmo se aproximando mais vezes da área da Ponte Preta, só teve uma chance de gol ao explorar erro de saída de bola de jogador adversário, ocasião que Figueiredo lançou o centroavante Leandro Damião para completar a jogadas, mas prevaleceu a chegada antecipadamente do goleiro Pedro Rocha, para interceptação, aos 28 minutos.
EMPATE
Claro estava que o Coritiba se lançaria com mais ousadia ao ataque no segundo tempo, em busca do empate, e o gol ocorreu logo aos 13 minutos, ocasião que em tentativa de interceptação de chute do adversário, o zagueiro pontepretano Joílson marcou contra a sua meta.
LESÕES
Como Brigatti deixou de fazer o óbvio, com substituição para dar mais mobilidade e criatividade no meio de campo, lesões do zagueiro Sérgio Raphael e Gabriel Novaes, alternadamente, forçaram queimar duas alterações.
Por sinal, mesmo praticamente isolado no ataque da Ponte Preta, Gabriel Novaes forçou o goleiro Pedro Morisco a praticar defesa na única finalização certeira de sua equipe, com a bola ainda tocando na trave, aos 22 minutos.
Depois disso, houve predominância ofensiva do Coritiba, que em duas outras ocasiões exigiu defesas do goleiro Pedro Rocha, em lances completados por Vini Paulista e Breno Mello.
Afora isso, o Coritiba ainda comemorou gol de Brandão, aos 37 minutos, mas acertou o árbitro Emerson Ricardo Andrade ao marcar posição de impedimento quando o atleta recebeu o passe.