O último 17 de maio marcou o sexto ano da morte do empresário e desportista José Eduardo Farah, que presidiu a FPF (Federação Paulista de Futebol) de 1988 a 2003, quando revolucionou conceitos e implementou marketing esportivo em competições, reverberando favoravelmente aos clubes.
Jaime Silva e Manoel Marques Paiva, principais na hierarquia da diretoria executiva, renunciaram aos cargos, demais vices recusaram assumir, e assim Farah completou o mandado durante os dois últimos meses.
Já na presidência da FPF, Farah entrou em rota de colisão com o Guarani, após críticas ásperas do então presidente bugrino José Luiz Lourencetti em 2001, irritado com arbitragem danosa contra o Palmeiras, na derrota por 2 a 1, no Brinco de Ouro.
'COME E BEBE DE GRAÇA'
Lourencetti lembrou que Farah havia participado da festa de aniversário de 90 anos do clube, na sede da Sociedade Hípica de Campinas.
“Ele vem aqui, come e bebe de graça, e ainda prejudica o clube em arbitragem”.
Acusação foi parar no TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) da entidade, que aplicou multa de R$ 150 mil ao Guarani. Farah também fez questão de depositar R$ 160 em conta bancária do clube, correspondente ao valor do convite.
INOVAÇÕES NA FPF
Em 1995, Farah vendeu os direitos de exploração do Paulistão à empresa VR por R$ 45 milhões, e negociou transmissões de jogos com a Rede Gobo.
Cada jogo passou a ter dez bola, houve incremento com gandulas femininas, foi lançado álbum de figurinhas e venda antecipada de ingressos.
Em 1998 ele criou o Disk-Marcelinho, que visava repatriar o jogador que não havia se adaptado ao Valência (ESP).
Ligações de torcedores dos quatro principais clubes paulistas foram feitas ao custo unitário de R$ 3, e o vencedor foi o Corinthians. Todavia, foram arrecadados apenas R$ 1,74 milhão, o que provocou renegociações com espanhois para redução dos R$ 15 milhões pedidos.