JAN Feliz 2021 para Guarani e Ponte Preta
Que este 2021 já em curso traga novos ares para bugrinos e pontepretanos! Se é que ainda havia sonho de um final de janeiro irradiante para ambos nesta Série B do Campeonato Brasileiro, a página que escreveram nesta segunda-feira foi uma espécie de água no chope. Por isso faz sentido o título acima em que se deseja um 2021 diferente para Guarani e Ponte Preta. Para o bugrino não ficou aquela amargura, até porque o time superou a expectativa do mais otimista, desde a chegada do treinador Felipe Conceição. ![]() Já a Ponte Preta, em crise financeira, terá que se reinventar para se desfazer de jogadores que sabiamente não se ajustaram no elenco, e assim criar alternativas para trazer outros que acrescentem. COVID Torcedor bugrino já esperava pelo pior quando foi informado que dez integrantes do elenco desfalcariam a equipe diante do CRB na noite desta segunda-feira em Maceió (AL), a maioria por ter contraído Covid-19. Disso se aproveitou o adversário para vencê-lo por 2 a 0, resultado que o deixa com 48 pontos, sete distante do terceiro colocado e quatro de CSA e Juventude. Como a boleirada vai continuar desfalcando a equipe contra o Cuiabá no Mato Grosso, como acreditar que a equipe vai ganhar os quatro jogos restantes e que os concorrentes diretos não suplantem 59 pontos? PRIMEIRO TEMPO Se mesmo com escalação de time remendado o Guarani foi a melhor de que o adversário durante o primeiro tempo, há quem questione por que houve queda de rendimento após o intervalo? Há duas explicações lógicas sobre isso. Primeira: nem todos jogadores reservas se motivam para aprimoramento da condição física. Logo, quando se juntam numa mesma equipe, é natural que alguns deles manifestem desgaste maior no transcorrer do jogo. Segunda: jogador reserva, quando repentinamente ganha chance, nem sempre sabe dosar, e por vezes corre exageradamente para mostrar serviço, desconsiderando que sem ajuste do conjunto aumenta a incidência de erros de passes, com exigência de recomposição e desgaste físico. Faltou coordenação aos reservas do Guarani SEGUNDO TEMPO Portanto, seria praticamente impossível, no segundo tempo, o Guarani repetir o nível de competitividade mostrado no primeiro, principalmente porque o jogador que dinamizava a equipe - meia Murilo Rangel - cansou. Justo ele que acertou a trave do goleiro Edson Mardden. Não bastasse isso, apesar das escassas opções para escolha de quem começaria a partida, dois erros na escalação ficaram claros. Mais vale optar por um garoto da base de que improvisar o lateral-direito Cristóvam na zaga central. Podem colocar na conta dele o segundo gol do CRB. Ao tentar cortar a bola e falhar, possibilitou que Lukão servisse Bill, que não perdoou aos 43 minutos do segundo tempo. Se Bidu tem pedido substituições na metade do segundo tempo, por que queimar eventual alteração ao escalar o também lateral Eliel mais avançado? Aí ambos foram substituídos e recorreram ao fraco Erick Daltro no lugar de Bidu. GUM Com 'reservaiada' em campo, não houve coordenação de quem marcaria zagueiros do CRB que iam à área bugrina na bola aérea ofensiva. Assim, deixar incumbência para o lateral Bidu disputar pelo alto com o zagueiro Gum é desproporção. Isso resultou no primeiro gol do time alagoano, após cobrança de escanteio e testada no canto direito do goleiro Rafael Pin, aos 29 minutos. Enquanto a comissão técnica do Guarani também errou, o treinador Roberto Fernandes, do CRB enxergou o jogo. No segundo tempo optou pela escalação de um lateral-direito marcador - caso de Lucas Mendes - para coadjuvar Reginaldo Lopes na marcação, e assim conseguiu fechar as principais jogadas criadas pelo Guarani, com participações de Rangel e Bidu. . Com Bill em campo, aberto na ponta-esquerda no time do CRB, foram inibidos os avanços do lateral Ludke. Assim o CRB passou a controlar o jogo.
JAN Acabou! Reformulação já, viu Ponte Preta!
![]() Era um 2 a 1 sobre o Cuiabá, na tarde/noite desta segunda-feira em Campinas, que colocaria a Ponte Preta decisivamente no páreo, mas como acreditar num time que frequentemente falha? Acreditem: zagueiro Luizão e volante Barretos foram driblados pelo atacante Jenison, do Cuiabá, de forma quase idêntica quando passaram lotados na jogada do garoto Matheus Souza, do Guarani, no dérbi de terça-feira passada. A diferença é que o atacante bugrino chutou a bola na lua, enquanto Jenison, ao repetir os mesmos dribles na corrida, chutou a bola rasteira e defensável, com falha do goleiro Ygor Vinhas, sem elasticidade para a defesa. Justiça seja dita: conta a favor de Luizão ter salvado gol do Cuiabá em cima da risca fatal do atacante Elton, no mesmo lance em que Vinhas defendeu milagrosamente chute de Anderson Conceição. MEIO DO CAMINHO O resultado de 2 a 2 deixa a Ponte Preta no meio do caminho, pois com 48 pontos seu limite passa ser de 60 na hipótese de ganhar todos os jogos restantes. Já o Cuiabá, agora com 55 pontos, continua no páreo visando acesso nesta Série B do Brasileiro. Bem ou mal, o treinador João Brigatti havia deixado uma gordurinha na passagem pelo Ponte nesta Série B. Com a chegada do sucessor Marcelo Oliveira, sequer competitividade o time demonstrava em campo. CINTURÃO DE MARCAÇÃO Aí, no pré-jogo o treinador Fábio Moreno tem definido estratégias que se ajustam às limitações do elenco, ampliando-se o cinturão de marcação, e tentativa de opção de contra-ataques. Tem lógica o esquema porque a Ponte não tem saída de bola qualificada da defesa, exagera no chutão, e quando presume-se que a bola vai ser trabalhada, são frequentes os desperdícios de lances até com jogadores mais qualificados como o meia Camilo e Bruno Rodrigues. CUIABÁ ATACA Ao estudar as deficiências da Ponte, o Cuiabá contrariou suas características em jogos fora de casa - quando prefere o contra-ataque - para propor o jogo. E por ser um time mais ajustado, consegue trabalhar a bola até as proximidades da área adversária, porém peca pela lentidão. Neste duelo, o estilo imposto favoreceu o trabalho de recomposição da Ponte Preta, que mesmo sem consistência ofensiva chegou ao gol aos 24 minutos, quando Guilherme Pato cruzou, lateral-esquerdo Romário perdeu a disputa de cabeça para Bruno Rodrigues, em lance que o goleiro João Carlos poderia ter espalmado a bola, mas tentou segurá-la e deixou que ela ultrapassasse a linha fatal. CAMILO Além de ter destoado nas últimas partidas da Ponte Preta, Camilo teve a bola do jogo para ampliar a vantagem aos 32 minutos, quando ficou cara a cara com João Carlos e chutou nos pés dele. Apesar do gol marcado, Bruno Rodrigues errou a maioria das jogadas, com o agravante que Pato foi absorvido pela marcação, valendo-se apenas do desdobramento na marcação, até cansar. Por isso, mesmo com a vantagem, faltou 'estrada' para o treinador Moreno observar que precisaria trocar peças ainda no intervalo, provavelmente fechar mais o meio de campo com outro volante no lugar de Pato. Como isso não foi feito, foi aumentando o volume de jogo do Cuiabá, até a finalização de Marcinho e a bola desviar na perna de Luizão e trair o goleiro Ygor Vinhas, aos nove minutos: 1 a 1. Apesar da maior presença ofensiva do Cuiabá, o gol de Orobó reacendeu a esperança pontepretana, mas além do time ter cedido o empate em seguida, ainda correu risco de derrota quando Maxwel perdeu gol feito. REFORMULAÇÃO JÁ Como o Paulistão 2021 bate as portas, recomendável é que Fábio Moreno volte os olhos para a preparação da equipe visando a competição. Embora tímido na marcação na maior parte do jogo, outras chances deveriam ser dadas ao lateral-esquerdo Yuri. Que se dê pelo menos uma chance para o zagueiro Léo, a fim de que seja avaliado. Há quem diga que é impossível ser tão deficiente como Luizão e Wellington Carvalho. Que se aproveite os quatro jogos restantes para se dar oportunidade ao garoto Pedrinho, da base, que no pouco tempo que atuou mostrou lampejos.
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