Cadê Você?MAI Tosin, volante do Guarani dos anos 80, foi descoberta do saudoso técnico Pupo Gimenez
![]() Volante Tosin Saudoso treinador Pupo Gimezes, que trabalhou nas categorias de base do Guarani na década de 80, tinha 'olho clínico' pra projetar futuras revelações ao clube, e trouxe de Marília o volante Paulo César Tosin. Pois mais uma vez Pupo acertou em cheio, já que Tosin colocou duas faixas de campeão pelo selecionado brasileiro sub20 em 1985. Primeiro no Campeonato Sul-Americano disputado no Paraguai, com Jair Pereira como treinador; depois no Campeonato Mundial da categoria disputado em Moscou, na extinta União Soviética, com vitória sobre a Espanha por 1 a 0, na prorrogação. Na ocasião, também começava a surgir para o futebol o centroavante Romário, do Vasco, integrante do elenco. Daquele grupo comandado pelo treinador Gílson Nunes, participaram, entre outros, o goleiro Taffarel (ex-Inter (RS), zagueiro Henrique (ex-zagueiro do Corinthians), atacante e meia Muller e Silas respectivamente (ex-São Paulo), meia Neto e saudoso centroavante Gérson (ex-Guarani). Além da capacidade de desarme, baseada no senso das chamadas antecipações, Tosin sabia passar a bola corretamente, e por isso foi absoluto na posição no time bugrino no quadriênio a partir de 1985. DOIS VICES Quando dos vices-campeonatos conquistados pelo Guarani no Brasileiro de 1986 e Paulista de 1988, ele atuou com regularidade e despertou interesse de outros clubes. Todavia, apenas na temporada seguinte transferiu-se por empréstimo ao Corinthians, em troca que envolveu a vinda a Campinas do atacante Marcos Roberto, que depois quebraria a perna em uma dividida com o zagueiro botafoguense Wilson Gottardo. Como o Corintians já dispunha dos volantes Márcio, Wilson Mano e Gilberto Costa, Tosin não encontrou espaço para se firmar como titular, e por isso participou de apenas nove partidas. Apesar disso, o prestígio continuou inabalável e foi contratado pelo Vasco. ESTRADA DA VOLTA Só que no Rio de Janeiro igualmente o seu futebol não engrenou, e a partir daí experimentou a estrada da volta no futebol, com passagens por Vila Nova (GO), Atlético Goianiense, Sãocarlense, Chapecoense (SC), Francana e Marília até 2002. Tosin completou 54 anos de idade no dia 16 de abril passado, e ainda está ligado ao futebol como professor de escolinha.
MAI Há 102 anos torcedores já iam de máscaras a estádios
Subentende-se pela expressão mascarado no futebol o jogador posudo, que se considera a última bolacha do pacote. De antigos seriados da televisão, a máscara do Zorro cobria-lhe os olhos e foi mantida curiosidade, apesar das tentativas de arrancá-la. Do entretenimento 'Reis do Ringue' na televisão, que atingiu o auge nos embates de 'luta livre' nos anos 60, alguns não foram 'desmascarados'. GRIPE ESPANHOLA Em 1918 a gripe espanhola assolou o país, provocando mortes de mais de 20 mil pessoas. Estado do Rio de Janeiro foi afetado com contágio do vírus em 66% da população de 910 mil habitantes. Com estrutura sanitária deficiente, foi aumentado rapidamente a incidência de mortes. E mesmo quando a doença estava praticamente controlada, torcedores de clubes do Rio de Janeiro, que tiveram acesso a estádios, procuravam se proteger com máscaras para evitar contágio do vírus. Naquele Estado, a competições regional teve paralisação de um mês, a partir de outubro, e o campeão Fluminense desprezou a última partida contra o Carioca F.C., porque o WO não provocaria modificação no cenário. O jornalista capixaba Felipe Souza, de o jornal A Gazeta, de Vitória (ES), publicou que o Campeonato Paulista, interrompido em novembro de 1918, só foi reiniciado na temporada seguinte. Espanha deu nome à gripe porque foi um dos primeiros países a divulgar aquela pandemia que se espalhava pela Europa e África, antes de chegar ao Brasil em setembro de 1918, em contágio provocado por marinheiros que desembarcaram em Recife. ORTOGRAFIA ANTIGA Embora a reforma ortográfica da língua portuguesa tivesse ocorrido no início da segunda década daquele século, jornais da época relutavam acompanhá-la, pois ainda preservavam as chamadas consoantes mudas como 'actuação e opportunidade', por exemplo. À época, a reforma implicava na obrigatoriedade de acentuação das proparoxítonas, mas quer Jornal dos Sports, quer Jornal do Brasil insistiam em não acentuá-las, como a palavra 'p(é)ssima'. Isso contrasta com quem se dispôs reproduzir documento do início do século XX sem observância da ortografia da época. Ainda não existem comentários. |