DEC Carbone, ao seu estilo, marcou história nos dois clubes de Campinas
![]() Era eu setorista da Ponte Preta em 1984, quando o clube o contratou. É praxe, nessas ocasiões, cartolas e diretores de futebol chegarem às salas de imprensa para formalizarem a apresentação do profissional. Curioso é que o caso de Carbone foi diferente. Chegou à sala de imprensa Sérgio José Salvucci, no Estádio Moisés Lucarelli, e da porta foi logo se apresentando. - Gente, eu sou o Carbone, novo técnico da Ponte Preta. Quero deixar claro que na minha forma de trabalhar todos repórteres vão receber o mesmo tratamento. RÉGIS E SÍLVIO E Carbone foi dando jeito no time da Ponte Preta. Caso não falhe a minha memória, foi sob o comando dele que a Ponte Preta, pela primeira vez, adotou formato da equipe com dois volantes: Sílvio e Régis. Ele também direcionou treinamentos especializados com o ponteiro-esquerdo Mauro cruzando e o centroavante Chicão completando as jogadas. SEM GOLEIRO ![]() Reportaiada setorista da Ponte Preta ficava espantada quando Carbone programava os primeiros 20 minutos de treinos coletivos sem o goleiro no time titular. Como assim? Sim. Isso mesmo. A intenção era forçar laterais a evitarem cruzamentos, e tanto volantes como zagueiros travarem finalizações de jogadores do time reserva. Quando a meta era atingida, Carbone rasgava elogios aos obedientes jogadores. Do contrário, mostrava as deficiências e buscava correção. Embora tivesse sido volante de destaque no Botafogo (RJ) e relacionado à Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, provavelmente pouca gente sabe que Carbone jogou na Ponte Preta como lateral-direito, emprestado que foi pelo São Paulo, em 1966. GUARANI Na passagem pelo Guarani em 1988 deixou a equipe bem organizada e conseguiu levá-la à decisão do titulo paulista contra o Corinthians. Carbone foi o típico treinador de campo, porém nem sempre afeito a problema de indisciplina no elenco, que transferia aos dirigentes dos clubes que trabalhava. Exceto a 'andança' pelo Brasil afora no comando de clubes, havia definido que fixaria residência em Campinas quando deixasse a função. E aqui construiu incontáveis amizades.
DEC Tem regime de concentração de equipes até no dia de Natal
Dias atrás o treinador do Guarani, Felipe Conceição, criticou a CBF por ter programado jogo de sua equipe contra o Sampaio Corrêa na antevéspera do Natal, em São Luís, no Maranhão. Pela complicação de logística, havia previsão de chegada da delegação bugrina em Campinas às 19h da quinta-feira, fato que poderia comprometer a presença dele em ceia de Natal com familiares. É preciso compreender que o calendário do futebol brasileiro ficou comprometido devido à paralisação superior a quatro meses, por causa da pandemia da covid-19. CONCENTRAÇÃO A partir desta colocação de Conceição veio a indagação: e como reagiram as delegações de clubes das Série A e B do Campeonato Brasileiro que tiveram jogos programados para este sábado. Treinos normais no Guarani após o Natal É natural se prever que não aboliram a concentração de véspera. De certo um ou outro ainda permitiu que a boleirada almoçasse em família, para posterior agrupamento. Entretanto, quem teve que enfrentar viagens? São ossos do ofício e não adianta 'sentar a madeira' na CBF, pois todos sabem que não há data disponível. Mal vai terminar o Brasileiro já começarão os estaduais, e é assim que a banda toca. GUARANI Da maneira que a CBF programou datas das partidas válidas pela semifinal da Copa do Brasil, América Mineiro e Palmeiras jogam no intervalo de uma semana. Se foi registrado empate por 1 a 1 na quarta-feira passada, na capital paulista, o jogo da volta, em Belo Horizonte, será na próxima quarta-feira. Mesmo tendo pela frente um jogo decisivo, o América não poupou titulares e venceu o CRB, em Belo Horizonte, por 1 a 0, neste sábado. Logo, quando tiver que enfrentar o Guarani, em Campinas, no sábado dois de janeiro, virá com força máxima. Em seguida, o teste decisivo de afirmação dos bugrinos será o dérbi campineiro, programado para cinco de janeiro no Estádio Brinco de Ouro. EVÉRTON NO GUARANI Éverton foi um ponta-de-lança transformado em centroavante no Atlético Mineiro, no quadriênio a partir de 1984. Na temporada anterior ele teve passagem apenas discreta pela Guarani, com vinda a Campinas em negócio que envolveu a ida do atacante Careca para o São Paulo. E nesta semana a coluna Cadê Você conta um pouco da passagem do ex-atleta pelo Bugre.
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