ABR Bragantino já poupou titulares; e agora contra a Ponte?
![]() Meia Claudinho Craque é craque. Quando preservado no banco de reservas, basta ser requisitado para fazer a diferença em campo. Foi o caso do meia Claudinho, do Bragantino, que ao tocar na bola pela terceira vez diante do Mirassol, na noite deste sábado em Bragança Paulista, fez cruzamento na cabeça do centroavante Hurtado, que marcou o gol da vitória de sua equipe por 2 a 1, aos 34 minutos do segundo tempo Portanto, pra quem entrou em campo aos 28 minutos, Claudinho foi decisivo para que o seu time conquistasse a segunda vitória consecutiva após a volta do Paulistão. MAURICIO BARBIERI Se o treinador Maurício Barbieri, do Bragantino, utilizou equipe totalmente reserva neste sábado, preservando titulares que jogaram contra São Paulo e Inter em intervalo de 72 horas, resta saber como ele vai se proceder para a partida diante da Ponte Preta na noite de segunda-feira, outra vez em Bragança Paulista. A incógnita justifica-se porque na próxima quinta-feira o Bragantino terá que cumprir agenda da Copa Sul-Americana, em seu estádio, diante do Tolima da Colômbia. Seria o caso da recolocação dos titulares, visto que apenas Claudinho e Lucas Evangelistas, inicialmente preservados, entraram durante o segundo tempo diante do Mirassol? A lógica indica que sim, mas em tempos de maratona de jogos nem sempre ela prevalece. Veja o caso do Santos, que tem estreia na fase de grupo da Libertadores na terça-feira, contra o Barcelona de Guaiaquil, no Estádio da Vila Belmiro. PRECIPITAÇÃO DE ARIEL A lógica indicava que o seu treinador Ariel Holan optasse pela preservação de titulares apenas neste domingo, diante da Inter de Limeira, devido ao curto intervalo entre esses jogos. Todavia, precipitadamente, Ariel 'podou' titulares contra a Ponte Preta, desconsiderando que a sua equipe havia cumprido intervalo de 72 horas do jogo contra o San Lorenzo, na Vila Belmiro. Logo, não havia necessidade de escalar apenas dois titulares, caso dos zagueiros Kayke e Luan Peres contra Ponte. Aí tomou uma 'chacoalhada' de 3 a 0, e de certo vai de reservas novamente ou fazer mesclagem diante da Inter. PONTE AGUARDA Agenda de jogos tem sido mais generosa à Ponte Preta neste mês. Da eliminação na Copa do Brasil diante do Criciúma ao retorno no Paulistão, o intervalo foi superior a uma semana. Agora, precedendo ao jogo contra o Bragantino, os seus jogadores terão descanso de três dias para se refazerem de desgaste. Evidente que não é o caso de a Ponte poupar titulares, a menos que haja algum atleta com risco de lesão.
ABR Santos caiu na armadilha montada pela Ponte Preta
![]() Os três gols da partida foram desta forma, exatamente porque o Santos quis colocar em prática marcação alta de seu compartimento defensivo, por vezes até além do meio de campo, e com isso acabou surpreendido. TITULARES POUPADOS A bem da verdade, desnecessariamente o treinador do Santos, Ariel Holan, poupou vários titulares, quando o recomendável seria ter tomado tal decisão no domingo, por ocasião da partida contra a Inter de Limeira, visto que o seu time volta a jogar pela Libertadores na terça-feira, contra o Barcelona de Guaiaquil (EQU). Além disso, a morosidade do Santos no início da partida, com frequentes recuo de bola, era suposição, para os seus jogadores, que venceriam a partida quando bem entendessem. Foi aí que acabou surpreendido logo aos oito minutos, ao sofrer o gol. A estratégia definida pela Ponte Preta teve resultado prático quando Moisés, pelo lado esquerdo, livrou-se da marcação do improvisado Vinícius Balieiro na lateral direita santista, e no cruzamento houve rebote do goleiro John e aproveitamento do centroavante João Veras, que abriu o placar. GOLEADA Mesmo em desvantagem, o Santos tocava a bola lentamente e encontrava dificuldades para penetração na forte marcação montada pela Ponte Preta, que no uso mais uma vez de contra-ataques ampliou o placar, com Camilo puxando a jogada pela esquerda, e no cruzamento o zagueiro Luan Peres rebateu mal, e novamente João Veras ampliou aos 32 minutos: 2 a 0. Quando Moisés já havia trocado de lado no ataque pontepretano, pela direita, foi lançado por Niltinho, pelo lado esquerdo, nas costas da defensiva santista, que continuava com marcação alta: 3 a 0, aos 34 minutos. E não fosse defesa do goleiro John, em finalização de Niltinho, a vantagem da Ponte seria ainda maior, visto que o Santos não criou uma chance sequer no primeiro tempo. MEXIDAS Com a viola em cacos, Ariel Holan tentou fortalecer o time santista no início do segundo tempo, ao colocar Marinho no lugar do garoto Ângelo. Também sacou Ivonei, que errava muito, para entrada de Lucas Lourenço. E tirou o improvisado Balieiro para colocar Pará, que é jogador da posição. Copete, escalado para atuar na lateral-esquerda, recuou cerca de 95% das bolas que recebeu, e assim a defesa santista só voltou a sofrer risco aos 43 minutos do segundo tempo, num descuido de marcação. Aí o volante Barreto chegou de surpresa ao ataque e, cara a cara com o goleiro John, tentou tocar por cobertura e provocou recuo de bola. A postura da Ponte durante todo segundo tempo foi de se defender e não dar espaço para o Santos penetrar, fazendo que ele rodasse a bola e raramente se aproximasse de sua área. Assim, o goleiro pontepretano Ygor Vinhas apenas foi exigido em cobranças de falta através de Lucas Lorenço e Marinho. NILTINHO A performance do atacante Niltinho foi grata surpresa no time pontepretano. Não bastasse participação em lançamento e finalização, taticamente ajudou a equipe na marcação, diferentemente de Pedrinho, que ocupava a posição sem o devido convencimento. Foi, portanto, uma vitória de estratégia e, independentemente do 'salto alto do Santos', tem-se que atribuir justiça ao treinador pontepretano Fábio Moreno pelo acerto na postura tática.
|